domingo, 29 de junho de 2014

um ninho com passarinhos feios.


um ninho com passarinhos feios.
dois deles.
pardaizinhos? pombinhas?
não sei.
o momento onírico não era meu.
mas lá estavam os dois passarinhos no ninho e do nada eu chego.
__paz e bem! boa tarde!
__oi!!!
nesse momento chegam duas aves formosas e pousam sobre o ninho.
os pássaros eram maiores e coloridos.
lindos!
__nossaaa...!! que coisa linda...! tem que pegar...!!
__não! não vamos pegá-los! deixem livres! são lindos voando...
e o sol despertou no horizonte entre prédios e algumas árvores.

__sonhei com ele! ele vem aqui hoje! só pode ser! vamos receber visita!
trimmmmm! trimmmmm!
__então? deixo subir??
__claro!

__eu não falei??? é ele! não tira a mesa! vou servir um chá pra ele também!
__que coisa...
__isso é coisa do poder superior!

sábado, 28 de junho de 2014

assino embaixo tudo que minha mãe ensina!


assino embaixo tudo que minha mãe ensina!
*secar os dentes após escovação;
*e, se após a escovação bater aquela vontade de comer uma fruta, uma segunda escovação é desnecessária;
*não tomar sorvete durante aqueles dias;
ah! tem uma série de coisas outras que, assim que me lembrar,conto pra você!

tem gente que não merece confiança:
*promete frutas que gosto e não trás;
*finge que trouxe as frutas mas não é;
*trás uma caixa aparentando estar cheia de melancias, uvas e caquis e nada disso estava dentro! o que é isso aqui??? apenas um bule furado...;
*enganações fora de época.

o que dizer de quem não quer assistir um joguinho da copa com a família?
ingrisia?
romantismo?
black bocs?
chatice?
o que foi mesmo que eu te disse?
nada disso...
é a falta de escola e hospital,
isso é o que me tem feito mal...
mas...vamos lá!
por você ergo a taça da formosura social!





sábado, 21 de junho de 2014

e o sangue se confunde com as pétalas.


arranham-me!
entro no meio,
insisto!
quero pegá-las!
ai! espeta-me o dedo!
e o sangue se confunde com as pétalas.
peguei! peguei! ai!
saio com elas!
uma, duas, quatro belas!
vermelhas!
lindas!
levo-as a amada e não digo nada:
ganho um beijo!
valeu cada pedaço disso tudo!
tudo pela minha amada!

terça-feira, 17 de junho de 2014

brasil e méxico jogando no ceará e os princípios desta copa.


brasil e méxico jogando no ceará e os princípios desta copa.
o jogo começa truncado,
correria dos dois lados,
e eu tomando banho.
chutão, pisão e nada mais não.
a bola tá quadrada.
me parece que o goleiro, de sombreiro, não tem nada.
e eu?
espremendo laranjas.
o jogo segue e o povo quer gol.
e eu ali, aguando as plantinha agonizante.
corre corre!
pula pula!
peladinha no mato!
parece coisa de criança!
e o juiz apita o fim do primeiro tempo!
opa! juiz não! que juiz me lembra de lalau a barbozão!
vamos usar o nome certo: árbitro!

e o árbitro apita o fim do primeiro tempo!

wifi, novela, futebol.
e eu apenas querendo sonhar.
melhores momentos e eu me aquecendo.
piiiiiiiiiiii!!! começa o segundo tempo!!
foguetes e rojões explodem na vizinhança.
e eu me aquecendo sob um cobertozim suave.
tv ligada, wifi, celular, novela, jogo...tudo junto!
e eu me esquecendo.
correria em campo,
solidão no manto
e eu ali,
esperando o sol se por.
de repente o jogo esfria.
já era o finalzim do segundo tempo.

viu que a pelada não ia dar e nada e veio.

oba!
o segundo tempo melhorou bastante...
que qualidade!
quês jogadas mais linda!
que coisa...
que perfeição...
a seleção se calou.
o assunto agora era nosso sonho.
agora sim:
fez sentido a copa do mundo
e todo futebol quadrado da seleção.
voltamos à copa da áfrica!
agora valeram a pena a cerimônia de abertura com cara de fechamento de mês
e os xingamentos despejados na presidente dilma.
valeram a pena até as cervejas quentes roubadas pelos mexicanos
e os argentinos que pularam a cerca do maraca,
e a ausência dos hinos nacionais da frança e de honduras no beira rio,
a arena das dunas sem alvará dos bombeiros e coisas do tipo.
valeu a pena cada centavo desviado pelos corruptos.
valeu o padrão fifa de influenciar até nas nossas leis
e autorizar a venda de cachaça outra vez.

nada mais fez falta:
nem o ponta, nem o meio, nem a zaga.
nem o fuleco fez falta!
aliás, com esse nome fuleiro
de cara ganhou cartão vermelho!
antes fosse tatu bola mesmo.

finalzinho do segundo tempo...
ahhhh!!!! que dilícia!!
acabou o futebol
e lá ficou no empate!
aqui?
aqui o sol desistiu de se por
e a água tá mais quente que na ducha!

nem zero a zero nem de virada!


chega de copa!
quero cozinha!
cozinha minha!
branquinha!
com sofá forrado!
com tapete invocado!
com água fresca!
e suco da fruta!
bola em campo!
futebol com a galera!
galera?
que galera?
galera que nada!
quero assistir outro jogo!
noutro canal!
nem zero a zero nem de virada!
futebol pra mim ta com nada!
canal animal?
a doce vida das abelhas...
flores, pólem, juca e mel.
a taça do mundo é nossa!
mas nada da cristaleira!
várias taças são nossas!
a copa é nossa!
a casa inteira é nossa!
só nossa e da nossa torcida:
pra frente brasil!
chega de atrasos e vexames!
chega de corrupção e lavagem de porco!
copa, futebol, fadiga.
nossa copa é bem mais bonita!
nóis memo que diga...

mata você, mata eu, mata lombriga.


alguns carinhos violentos podem levar ao óbito,
e é óbvio que não quero que isso aconteça.
usar uma faca de mesa pontiaguda e lançá-la contra a barriga
mata você, mata eu, mata lombriga.
se comigo não quer mais briga
pare de se imolar com faca cega por que,
do nada, alguém poderá amolá-la daí...
trata-se de um auto carinho violento suicida.
por favor...melhor não.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

o sempre, o eterno, o perene.


ontem foi nosso dia.
hoje é nosso dia.
amanhã também será nosso dia.
o que temos que comemorar?
o sempre, o eterno, o perene.
não pense que me esqueço,
nem sofras se, no dia 12 do 6,
eu não te der uma flor,
saibas que, mais que a vida de uma rosa,
é todo esse amor que me leva até você
todo santo dia,
todo dia santo,
todo feriado,
todo fim de semana,
toda hora.
entendes um pouco agora?

quarta-feira, 11 de junho de 2014

que o dia 11 de junho volte a ser, apenas, véspera de um dia 12.


uma dor esquisita começa a bater no peito:
é a dor da saudade.
minha amada mãe natureza celebra seu primeiro ano de vida lá no céu.
era por volta de 07h30 da manhã daquele 11 de junho de 2013 quando ela se foi.
naquele dia acordei com um sentimento de despedida.
quis faltar no trabalho.
atrasei mas decidi ir.
já tinha algumas faltas por conta das idas e vindas.
fiquei alguns minutos e logo me ligaram do hospital:
__vem aqui, traga documentos...não deu...força...

um ano se foi sem ela aqui.
foi um ano muito, mas muito duro.
que sensação mais estranha essa...
tudo me faz lembrá-la, desde o simples telefonema
me avisando do pão de queijo na mesa
ou algumas horas nas filas dos hospitais.
nunca mais fizemos pão de queijo em casa.
o polvilho?
azedou.

a janela entreaberta com os galhos da árvore favorita querendo entrar,
a cebolinha plantada no alto,
a rede de deitar desgastada,
duas cadeiras de varanda,
uma vazia.
cada gaveta da cômoda que era repleta de papéis de todo lado:
casa, filhos, receitas médicas, exames, cartinhas, fotos,
santinhos, escritos, rabiscos, flores desenhadas sempre do mesmo jeitinho,
caça-palavras, cremes nunca usados, algumas bijuterias,
recortes, bugigangas, mais santinhos, mais papéis.

ai...a flor preferida no altarzinho pra Nossa Senhora,
a velinha acesa, o livrinho aberto no terço,
os óculos meio tortos...era fiel nas rezas.

bom, para meu conforto,
ela está lá, no céu!
mas não adianta:
queria ela aqui.
bem do meu lado.
beijar-lhe-ia a face,
fazer-lhe-ia alguns gostos,
levava pra passear.
adorava passear!
entrava no carro e dizia que era a maria gasolina!
cantarolava sempre qualquer coisa
e nos enchia de parlendas.

me ensinou a ter medo da temível bastiola
e também me deu coragem.
conheço o saci,
o lobisomem e
curupira.
bastiola??
ninguém sabe o que é
e nem de que confins da bahia veio.
era exclusividade da minha amada.

enchia-nos de musicalidade
e travava nossa cabeça com a língua do pê.
ahhh a língua do pê....
era um caso à parte.
quando queria esconder algo, principalmente,
de visitantes indesejáveis,
disparava o pê.
ríamos de morrê!
do a,
do b,
do c!

adorava vê-la costurando quando eu era molequinho:
__mãe, faz uma roupa nova pra mim!
e ela mandava ver num shortinho apertado,
dali corria pro campinho.

saudade?
ninguém conhece assim.
como nos inflama,
como nos faz minar os olhos...
é incrível como essa dor da ausência mexe com a gente.
tenho minha fé na vida eterna,
nas doçuras do céu,
na bondade tamanha de Deus,
mas queria mesmo era minha mãe natureza aqui.
sei lá...queria mais tempo com ela.
posso querer isso?
posso!
pode sim.

tenho paz.
aproveitei ao máximo minha amada
e com ela me formei pra vida.
cada ensinamento me levava sempre
à servir, amar e respeitar o próximo.
silenciosa e paciente,
exemplo puríssimo de mãe,
de esposa,
de filha.

mas queria minha amada aqui,
esse é o desejo que arde no coração
e não posso querer me enganar.

me esforço a cada dia
nos passos lentos da compreensão
e nos caminhos tortos de Deus.
sigo querendo guardar a lembrança
e honrar toda sabedoria materna,
minha herança não foi dinheiro e nem posses,
não foram bens móveis ou imóveis,
não...
ela não deixou nada disso,
mas deixou mais que tudo isso junto,
e é o que guardo no coração,
é parte da alma,
é o tesouro que muitos caçam mas que,
num dado momento,
se iludem com moedas de ouro
e se perdem para sempre.
o tesouro está escondido no céu.
como abrir buracos no céu?
abrem-se na terra,
mas no céu não.

esse ano passou feito um foguete.
destino?
o infinito.
o céu é bonito,
é fresco,
é o infinito.

te agradeço mãezinha natureza
pelas visitas em meu descanso,
pelos exemplos que me levam,
pelo amor que transbordou.
permanece a saudade horrenda.
que passe! e um dia e fique amena.
saudades minha mãe natureza...
cuida de mim,
cuida de nóis tudo!
mil beijos e saiba que te amo!
__eu sei...eu sei...vou ficar bem...quero a união entre vocês...
vou ficar bem...e sair daqui...voltar pra minha casa...
deitar na minha redinha e ficar quietinha ao lado do seu pai...
não vou fazer extravagancia...fiquem em paz...quero ir pra casa...só isso...
fiquem em paz...

como foram doloridos aqueles últimos dias...
cada gesto cansado, cada sorriso preso entre aparelhos,
cada olhar de dor e esperança...
cada palavra falada,
sussurrada, silenciada...
meu Deus....como foram doloridos aqueles dias que,
lá fora, seguiam coloridos.

a vida segue.
segue a vida.

às vezes a sinto pertinho,
olhando para mim.
obrigado Senhor pela história de amor que vivi ao lado dessa mulher guerreira,
linda, bondosa e sábia!
obrigado Senhor pela vida Benvinda!

te agradeço muito Senhor,
mas me perdoe:
queria ver as novas rugas de expressão,
queria ver alguns fios de cabelos brancos,
queria sentir o cheirinho de mãe mais um pouco.
queria mais um abração! com esse amor sou louco!

vai saudade!!! some!!!
vem esperança!!!
que o dia 11 de junho volte a ser, apenas, véspera do 12!
que nos sobrem muitas flores!
que passemos sobre essas dores!
que essa família reflita seus dons,
dulcíssimos dons da mãe natureza!





terça-feira, 10 de junho de 2014

personal trainer?


e come pão de queijo?
pilates!
toma coca?
zumba!
come besteira?
esteira!
pé de muleque e paçoquinha?
spinning!
big mac?
shopping.

e faz de tudo,
mas nem precisa tanto:
é linda!

personal trainer?
nem pense em tirar casquinha!
pois essa gatinha lindinha
é só minha!!
cada vez mais bela
vai ficando
minha tampa da panela!

sexta-feira, 6 de junho de 2014

e que a princesa de roma seja rainha.


murininha mucinha,
que santa jerônima carlesca não te engane,
que o príncipe da áustria
ou do império austro-húngaro
nunca exijam suas coroas,
e que a princesa de roma seja rainha.

que romaneide aceite o apelido,
que o printe tenha uma boa impressão.
que tui e hunrrum hunrrum hunrrum
sejam jargões na boca do povo.
que o povo seja eu.
que o povo seja você.

terça-feira, 3 de junho de 2014

fim do primeiro tempo.


o frio é estarrecedor
e em são paulo vem com garoa.
as crianças que cheiram solventes também se cansam,
e encontram colo na saída de ar do metrô.
ali se amontoam e vão ficando.
o ar quente que sobe à superfície é um deleite.
a calçada desenhando os contornos do estado
não nos deixam dúvidas:
o santo é paulo
e o estado é grave.

a cena o italiano, especialista em sorvetes,
oliviero pluviano,
não deixou escapar.
nem haveria de se preocupar:
todo dia, toda hora, sempre tem gente ali,
daquele jeito.
ah...mas dói no peito
serem assim,
crianças.

aquela sensação de euforia e dor
passam nos primeiros minutos de calor.
a vida não tem sido muito boa...
nem as famílias.
(família? que família??)
os governantes estão cuidando dos gramados
e nada a ver com os que estão jogados.

fim do primeiro tempo.
nada mudou.
fim de jogo.
apito final.
nada,
nada mesmo mudou.
fim da vida.
partiu dessa para melhor,
com a licença do eufemismo,
sorriu agora o menino.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

boa viagem turma do balão mágico!


e lá se vão os dias!
o balão saiu da terra do sempre por volta do dia 21 de março de 2010,
passou por um posto de gasolina para abastecer e ganhar gás
no dia 02 de abril do mesmo ano.
continuou o trajeto linear,
fazendo uma trajetória única em alta velocidade.
o balão faz piruetas??
faz sim senhor!
o balão dá mortal pra trás??
dá sim senhor!!
o balão é mágico??
é sim senhor!
ao sabor dos ventos espera pacientemente.
sabe que novos ares abrem novas fronteiras.
e esse marco no céu chega aos quatro anos e dois meses!
mas ainda não chegou...
boa viagem turma do balão mágico!
que turma??
eu e você.