Paz e bem! Você é bem-vindo aqui e em qualquer lugar pois o mundo todo é SEU! Neste espaço postarei textos, poesias e comentários diversos sobre o nosso cotidiano. Leia de maneira crítica e saiba que, quem está pensando e digitando essas coisas é... bem mais que um EU, por mais que eu (até onde eu sei) seja eu mesmo
sábado, 30 de outubro de 2021
Três em uma noite
Abri aquele livro enorme e pesado e
dele saiu um escorpião.
Meu susto foi tremendo pois, se tem bicho que temo,
é esse.
Quando ele caiu, tentei esmagá-lo na sola do pé,
o artrópode parecia calejado pois não tinha o ferrão.
Pisei várias vezes mas o bicho não morria.
Vê se pode?
Estávamos num bosque e as folhas serviam de proteção,
para tudo tem explicação.
Dei um chute e ele voou acertando o calcanhar da minha mãe.
Ela nem viu.
__Me ajuda aqui! Tô quase perdendo o escorpião!
Gritei por ajuda e um amigo também chutou o bichinho indesejável.
As ruas do campus eram de terra batida, toda desnivelada e com buracos.
__Gente, choveu?
__Não, sempre foi assim.
__Poxa...uma instituição que trabalha com a ciência, com pesquisas e não consegue, sequer,
asfaltar as ruas da universidade?
__Deve ser o corte.
__Bora que vai começar o racha!
A geladeira branca, modelo quadradão, funcionava aos trancos e barrancos.
A fome apertou e fui caçar algo para comer.
Abri a porta e um monte de coisa saltou de dentro dela:
alfaces queimadas e ovos (um ovo se quebrou no mesmo lugar onde jaziam outras cascas)
foram os primeiros, depois um jarro com resto de suco de caju caiu, despejando o liquído no fundo da gaveta de verduras.
Não tinha espaço pra mais nada.
O calor que brotava era insuportável e o odor beirava o Tietê.
Vou contar pra você:
Perdi a fome.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Pode fazer a sua parte!