terça-feira, 27 de junho de 2023

Gritei uma vez mas ela não ouviu, então, decidi gritar bem alto: manhêeeeeeeeee!

Estávamos em um evento grande da igreja, com padres e muitos idosos. Já chegamos e tinha um café da manhã, uma espécie de caldo com torradas. No grande palco, um padre palestrava. Havia instrumentos musicais montados mas, naquele momento, apenas o falante. No meio do povo tinha um outro padre (era o que parecia ser) com fones no ouvido e um microfone, parecia entrevistar as pessoas ou estar falando numa rádio. De vez em quando ele rezava alto como se tivesse intercedendo pelo evento. Parou a movimentação no palco e o palestrante disse para conhecermos o local. Primeiro, sentei-me com meus pais num banco longo, instalado próximo de uma parede. Meus pais comeram o café da manhã mas eu não me animei com a sopa, nisso, minha mãe comeu o dela rapidinho e ainda achou um prato com sopa e torradas abandonado ao lado e comeu também. Olhei pra ela e falei: êeeee mamãe... Saímos devagar para conhecer o local. Comi apenas duas torradas. Enquanto andávamos, passamos em frente a uma grande mesa repleta com doces, principalmente, bolos e tortas. Umas três pessoas comiam. Passei vontade mas não me aproximei pois julguei que era pago. Minha mãe estava muito lenta, então segui um pouco à frente com meu pai, que também estava devagar, mesmo assim, mais rápido. Passamos num caminho e víamos muitas coisas abandonadas. Várias fileiras de bancos vermelhos estavam sumido no mato alto. Credo. Continuei andando com meu pai mas o terreno tinha descidas íngremes e nenhuma acessibilidade. Na primeira ladeira, um trecho de uns três metros, meu pai quase rolou. Pensei: minha mãe não vai dar conta de passar aqui. Tentei voltar com meu pai mas ele não conseguia e as pessoas não ajudavam. Que povo ruim, pensei. Por fim, vi um portão no meio da rampa, estava trancado mas, futricando, consegui abrir. Passei o meu pai de volta e, enquanto tentava trancar como encontrei, avistei minha mãe se aproximando do outro lado. Gritei uma vez mas ela não ouviu, então, decidi gritar bem alto: manhêeeeeeeeee! Ela olhou e fiz sinal para que aguardasse onde estava. Ela entendeu. Um segurança apareceu para me acompanhar e, provavelmente, trancar o portão que abri, deve ter visto pelas câmeras. Quando ele chegou do meu lado, eu consegui trancar e ficou por isso mesmo. Fui ao encontro dos meus pais e findou-se o momento onírico. 22/6/23

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