segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Deram a poltrona do papai para o capeta

O triste 8 do 1. Dia que entrou para história do Brasil como um dos momentos mais repugnantes e insólitos, digno de ser recordado como o dia em que um monte de gente trajando camisetas da seleção brasileira de futebol decidiu quebrar tudo achando que a quebradeira causaria a restituição do poder aos fascistas e emergúmenos. Vale lembrar que esse mesmo povo já havia ficado exposto às intempéries na porta dos quartéis Brasil afora e estava cheio de mágua e cançaso, depois de marcharem em vão, dormindo em colchonetes e comendo pão com carne moída, sentiram na pele a experiência de ser pobre em um assentamento 5 estrelas. Até os banheiros eram unissex. Já pensou? Dia de gente frustrada e perdida, derrotada e cega. Quase todos de uma classe média alta inconformada com a vitória da democracia. Os pobres que estiveram naquela investida maluca continuam atrás das grades. Parabéns pra eles! Estão aprendendo da forma mais justa sobre consciência de classe. O Brasil não voltará para uma experiência militarizada pois todos sabem que foi um tremendo fracasso. Período terrível de corrupção e endividamento, além da perseguição política, tortura e tudo que fez da época um verdadeiro declínio democrático e humano. O 8 do 1 é para não esquecermos que existiram pessoas capazes de continuar apoiando uma figura patética apesar de todos os pesares. Patética, irresponsável e fracassada em seus propósitos, se é que tinha algum pois o que presenciamos em 4 terríveis anos foi um vergonhoso nada. Defesa da vida foi o que menos vimos, defesa da família? Só a dele. Defesa da pátria? Só vimos declarar amor para os EUA. Temor a Deus? Rá! Um cara que imita uma pessoa morrendo de COVID não tem temor a Deus, mas zomba da sua criação. Falando em Deus, como teve evangélicos e católicos radicais apoiando a morte, o linguajar chulo e todo tipo de patifaria anticristã! Esse povo fez as igrejas se envergonharem. Semearam e multiplicaram as mentiras via whatsapp, deram fala e crédito às tolices, levaram para suas salas o pior do ser humano e acharam tudo muito justo, pois lutavam contra a terrível ameaça comunista. Enfim, deram a poltrona do papai para o capeta. Agora que essas insanidades ficaram no passado, creio que podemos deixar o 8 do 1 como única coisa para se recordar dessa quadrilha que esteve no poder de 2018 a 2022. O deprezo pela coisa pública, pela vida, pela democracia, pelas autoridades constituídas e pela arte. Adeus para nunca mais.

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