terça-feira, 31 de março de 2009

Olhos de luz


Não importa que seja a mais feia
Não importa que seja a mais complicada
Basta que seja assim mesmo
Pois outra pessoa não ocupa o lugar...
Por mais que seja tão fácil pensar assim
Quem está de fora não pode entrar no coração que sofre
As dores do abandono
Estranho abandono que sinto aqui dentro,
Bem no fundo do que não conheço ou do que pensava conhecer
E julgava ser fácil suportar.

Os olhos tentam se esconder das lágrimas,
Os pensamentos tentam ser outros,
Mas a indignação dura ainda alguns dias
Que, sinceramente, não sei quantos são.
Não me adiantou marcar datas para o fim,
Essa sensação nova, tão antiga, é me desconhecida.
Que falem que falem que falem...
Só quem vive é quem sabe.

Só, suporte, supere, super homem de marrom!
Que da marrom cor não se esquece,
Que, por enquanto, ainda padece,
Pois ainda é madrugada em minha vida,
Porque ainda não vejo a luz do fim destes dias estranhos,
Misto de aceitação e mágoa,
Paciência e tristezas,
Meio e fim,
Ao terceiro mês disso tudo,
Ao terceiro dia o Senhor ressuscitou!
Olhos de luz!