terça-feira, 30 de agosto de 2011

uma donzela com uma flor amarela


uma linda imagem me veio à cabeça:
uma donzela com uma flor amarela
e no tornozelo uma fitinha com o nome dela.
sol e água juntos.

querendo ver luz

querendo ver luz
acendi meu fósforo.
esperei um pouco.
luz altiva e momentânea.
álcool!
tragam-me álcool!
mistura de cores,
fogo!
azul e oxigênio!
jeannie é um gênio!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

só tem o cofre e nada mais no grande corpo estranho.


um presente inusitado:
uma geleia devidamente lacrada.
cuidado!
pode ser a maior roubada!
o cofrão pode ter feito qualquer coisa com essa geleia!!
vai que depois, sem querer, te vem uma tremenda diarreia!
cuidado!
não aceite coisas de estranhos!
afinal, o que você poderá ter de ganho?
geleia adulterada, flores vencidas, balas chupadas, refrigerante sem gás?
não caia mais nessa!
esse cofrão é ruim da cabeça e fraco do pé,
ele pode te passar pra trás!
só tem o cofre e nada mais no grande corpo estranho.

pratos e panelas limpos


antes era assim,
depois será melhor.
pratos e panelas limpos,
depois, banheiro, roupas e jardim.

café da manhã na cama
com muitas torradas com queijo,
sucos naturais e muitas coisas mais,
e, por fim, um doce pedaço de beijo.

não se preocupe com o depois,
porque o depois será melhor ainda!
antes, poesia dia sim dia não,
depois, todo dia!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

vejo-te como um primatinha fazendo malabarismos;




você me apareceu assim
como quem vem passar um final de semana.
esperei os três dias,
ou melhor,
o sábado e o domingo.
esperei mais três meses.
fui na igrejinha e rezei.
mais uns dias esperei.
oba!
fez um efeito danado!
agora cê tá em todo lado!
no céu
vejo-te nas nuvens;
nas copas das árvores
vejo-te como um primatinha fazendo malabarismos;
nas águas todas te vejo límpida!
viva viva!
a água da minha vida!

entrelaçar os dedos faz mal.


pegar na mão não faz mal.
não há nada de errado nisso!
entrelaçar os dedos faz mal.
aí sim, pode desconfiar do capricho!
agora, só pegar na mão não faz mal mesmo!
mesmo que se segure com força
e que não se queira mais soltar!
pegada na mão
não é pegada na areia!
areia é praia, por do sol, marzão à frente...
pegada na mão
é só uma pegada de mão.
mão de irmão,
de irmã,
de um punhado de parentes,
de cunho afetivo,
de cunhada
cunhada
na moedinha
de césar
o que é de
césar!

um furacão se aproxima de new york!


um furacão se aproxima de new york! chega aterrorizando...
faz tremer quem o espera, chega manso, se arrastando...
um furacão sempre quer arrasar.
quer pintar no horizonte e dizer a que veio.
arranca, puxa, suga, rodopia, tira o bebê do seio!
joga as vacas sobre árvores, quebra no reflexo espelhos!
não pela beleza de se ver ao longe
mas pela violência de se estar no olho,
vendo tudo de pertinho...
depois? depois
vem a
bo
nan
ç
a
.
.
.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

pra ver se a faxineira de verdade aparece...


mais prece minha gente!
pra ver se a faxineira de verdade aparece...
tem que tirar o bigode!
mesmo que isso vai dar bode.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

o sarney usou o helicóptero pra vuá!


há há há!
o sarney usou o helicóptero pra vuá!
há há há!
da cidade pra sua ilha particulá!
há há há!
enquanto o cidadão esperava com a cabeça à sangrá!
ai ai ai...
com um empresário bilionário passeando sem pará!
há há há!
aeronave da polícia para o crime combatê!
rê tê tê!
saiu no jornal, na revista e na tv!
lê lê vê!
e agora? o que será que vão fazê?
há há há!
mais uma vez, o coronel vai se safá!
brasil sil sil sil!!!

domingo, 21 de agosto de 2011

bilhete! bilhete!

um bilhete escondido
fica assim:
perdido.
e a mensagem desejada
fica vagando no mesmo espaço
a espera de seu dono-receptor.
bilhete! bilhete!
onde está você!
na geladeira?
no microondas?
na porta de entrada?
no espelho?
sob livros?
sob mais letras?
tenho saudade
de cada vírgula,
mesmo que não
tenhas tido tempo
de colocá-las.


animo-me amanhecer


animo-me amanhecer
sabendo que você
existe aqui nesse
planeta azul.
tudo azul pra mim.
mais da metade
é pura água.
uma gotinha
linda (e de salto)
me hidrata,
toma-me
por assalto,
lava-me
com odores
de água doce
em queda livre!
leva-me
para a parte
mais alta
da belíssima
cachoeira!
e banhemos-nos nela!
e fiquemos lá
até que ela
fique amarela!
não não não!
não por urina,
mas pelo brilho
do sol nela!

girando no meu próprio eixo;



agora estou de pé.
agora estou caindo...
de cabeça pra baixo!
sem as mãos!
girando no meu próprio eixo;
em torno do sol!
parado!
tô na terra!

sábado, 20 de agosto de 2011

muitas calorias queimadas


técnicas ultra avançadas!
pegue um plástico tipo filme PVC nº07,
passe um creme especial de hidratação
sobre a parte almejada.
obs.: pode ser creme comum de hidratação
e não necessariamente um creme redutor.
finalmente, espere agir o calor.
pronto! nadinha de dor!
muitas calorias queimadas
retire o envólucro inovador
e siga a vida de maneira light.
pra completar, use também
o tradicional firmador de olhos
da mary cai.

preciso de internação!


preciso de internação!
dependência total!
meu Deus!!
uma clínica urgente!
opa!
já tenho a clínica!
quem me faz dependente
é também quem me cuida!
nem quero sair mais dessa clínica!
nem dessa dependência...
são coisas que não se explicam pela ciência.
bem, talvez pela química!
um novo elemento na tabela periódica.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

uma flor que nem você


uma flor que nem você,
resiste ao tempo sem chuva,
ao frio que queima
e as poeiras das queimadas.

uma florzinha linda que nem você é,
nasce sempre mais bela,
no inverno, no outono ou primavera.
e na estação do sol se transforma em água pura.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

trato é trato!


rápido!
que tô assim só!
mais rápido!
atravessa essa ponte sem dó!
pisa fundo no acelerador
e diminua logo a minha dor!
deixe na garagem o carro!
não venha de trem!
e nem de trator!
vem de avião a jato!
chega logo e me dá um prato,
afinal,
trato é trato!
voa que a sede não é boa!

Uma viagem regrada de fé, alegria e muita penitência.


Roteiro pra Romaria

Uma viagem de quase 100km regrada à fé, alegria e muita penitência! Haja sola de pé!

Saída dia 11 de agosto de 2011 às18h00 da porta da Casa Santa Gemma.

18h50min – Anel Viário Norte;

22h00 – Barraca de Apoio Betânia;

22h07min – estrada;

22h50min – Encontramos um carrinho de mão próximo a uma ponte, tiramos algumas fotos. Um caminhão passou muito próximo e levou para longe minha touca. Mais 5 min procurando;

23h00 – estrada;

00h33min – Pausa para parabenizar o Ditão pelo aniversário natalício;

01h05 – Barraca de Apoio Amarela. Tomamos uma sopa e comemos algumas frutas. O Ditão tomou um comprimido e teve uma queda repentina de pressão. 3 min a mais. Ao sairmos, o Ditão bateu boca com o pessoal da barraca por causa de um cachorro abandonado;

01h12 – estrada;

06h00 – Sol chegando...;

08h21min – Chegada na Barraca da Antena. A lendária antena...lugar decisivo pro romeiro: ou segue mancueba até o fim ou volta. 10 min de café da manhã e uma cochilada de 15 min. Água, banheiros (banheiros?) e pé na estrada!

09h15min – pé na estrada!

11h55min – Almoço na Barraca da Fé. Tomamos comprimidos contra dor ( que tava demais);

12h12min – estrada;

13h50min – Barraca de Apoio Amigos dos Romeiros. Pegamos frutas e água;

14h50min – Um bom samaritano ofereceu-nos água fresca e frutas;

17h15min – Chegada na subida do córrego: a parte mais difícil da viagem.

18h00 – Chegada em Romaria!

18h30min – Chegada no Santuário;

19h00 – Ofertas e orações diante da imagenzinha de Nossa Senhora da Abadia;

20h45 min – Saída de Romaria em ônibus comercial (apagamos geral);

22h49min – Chegada na Rodoviária da Terra Fértil;

22h58min – A lindíssima e amabilíssima Água, minha namorada, nos busca e nos leva de volta aos nossos lares;

23h10min – Lar doce lar.


minha imagem na sombra


minha imagem na sombra
me parece por demais abstrata!
não sou eu não sou nada!
as vezes pequenino,
as vezes monstrengo.
a cabeça sempre quente
com a sombra fria e cheia de vida.
sorria!
você está sendo filmado!
a sombra não está ferida,
segue-me feito uma louca,
do uiapoque à realengo.
mas...do nada, ela se esvai.
e assim vai.
tomando rumo ignorado.
está ou não ao meu lado?



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

a dona da minha casa


a dona da minha casa
mora nela desde o primeiro entrelaço de pupilas.
coisa de toda uma vida inteira.
minha casa nova
de obras iniciadas
em 21 de março de 2 e 10.
não há no mundo algo que aniquila!
uma casa feita pra mim e,
na porta,
um pezinho de jasmim
e jazz no home theater.

dedo em riste?


dedo dedo...
você me mete medo...
como posso apontar as estrelas?
como posso furar bolo?
dedo em riste?
nem pensar!
ôoo dedo triste...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

as coisas antigas não nos merecem.

que história...
mexer nisso não me faz mal.
uma palavra.
uma única água me faz feliz.
as coisas antigas não nos merecem.

lembrar-me do beato padre eustáquio


vem chegando o dia da romaria.
pagar as dívidas com a santa eu vou.
voar baixo nas estradas
para ver a imagenzinha
da virgem maria
trazida de portugal
em navios,
trens e lombo de burro.
pisar nas calosidades asfálticas,
por pra funcionar
as glândulas linfáticas.

sorrir ao chegar,
entregar a encomenda
na sala dos milagres,
fazer uma oferta,
rezar uma missa,
descansar sob o azul da tenda,
degustar um ensopado de bagres,
tomar a decisão certa.

lembrar-me do beato padre eustáquio
e pular pular pular muito!
sem nada de preguiça!
pular feito um bratáquio
na hora do aleluia!
pular com pernas fortes,
com mil alegrias
pelas boas sortes!
sortes?
nada...
providências divinais!
e que se cumpra o ciclo!

na banca dos amaciantes:


escândalo no supermercado!
carrinhos trombando,
gente pra todo lado!
uma cliente puxa papo
na banca dos amaciantes:
__é bom?
__é cherosinho...!
um outro cliente intrometido grita:
__é podre!!
e uma das distintas senhoras sai à francesa.

e vamos debaixo de sol!


nada convencional,
nada rotineiro,
nada igual:
estes meses todos!
catorze!
e vamos debaixo de sol!
e vamos debaixo de lua!
e vamos!
até chegarmos em nossa casinha no campo
e plantarmos nossos pés de amoras,
que são as arvorezinhas do fruto amor.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

a CPI foi a nocaute!


a CPI foi a nocaute!
antes de mais nada,
seu sarney mandou engavetar.
claro!
já tinha dado um pró-labore pros senadores desistirem da ideia...
senado
safado,
senado
mofado.
e o ministério dos transportes
continua sem rumo.
brincadeira!
sempre teve rumo:
bahamas,
suiça,
preguiça,
salsicha,
pizza.

vergão.


perdão
pelo
vergão.
não era
essa a
intenção.
vaaaaaaaaaaiiii!!!!
vai brincar de pano de prato tipo chicote!
por pouco não te faz um corte!
vaaaaaaaaaaiii!!!!
vai
ver
esse
verde
vergão.
vai
ver
se
é
bão...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

manicure!


hora de fazer as unhas!
como??
é isso mesmo?
unhas!
estão feitas!
agora é só mantê-las assim: feitas!
nada de degustá-las!
nada de abrir latinhas de refrigerantes!
nada de forçar a porta!
unhas rosas, vermelhas ou amarelas!
que legal!
bonitas todas elas!!
opa!
manicure!


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

as esperstinhas


a volta.
a escola.
as crianças melequentas
continuam melequentas,
as esperstinhas,
continuam esperstinhas!
um presentinho aqui,
um abração acolá.
oba!
é hora de recomeçar!
mudanças?
remanejamentos?
nem me venha colocar a tarde!
tenho minha mãezinha pra cuidar
e um computador apenas!
vamos lá!
planejar o semestre!
e essas ideias horrendas,
esquece!


de repente, o blecaute!


uma escuridão esconde coisas que habitam em nossa imaginação.
de repente, o blecaute!
nada a minha frente!
tudo a minha frente!
olhos arregalados!
caçando paredes,
caçando qualquer um dos lados!
cai um quadro!
dedão se contorce na quina da parede!
tromba tromba tromba!
toco a campainha,
aperto o interfone,
futrico no disjuntor.
nada outra vez!
onde fica o telefone?
um mostro puxa meu pé,
uma barata na porta,
um buraco sem fundo se abre do nada,
onde está a minha fé?
navego sem noção, sem uma rota certa...
cadê o mundo?
quero a luz que vem do vento!
assopro as velinhas dos anos de vida!
viva a luz!!

presente!


minha maior presente é você.
com as festas todas para se festar!
uma festa de toda uma vida inteira
um ano a mais é um dia a mais de presente.
uma hora me parece um segundo
quando se espera tanto
a chegada deste tempo:
presente!