quinta-feira, 28 de setembro de 2017

um ano e dez meses de fortes emoções!


um ano e dez meses de fortes emoções!
emoções que nos deixam mais fortes!
sentimos a força desse amor
num simples despertar de um novo dia
ou no sorriso sincero de um filho.
do nosso filho!
celebramos a vida em cada segundo
e assim seguimos,
melhorando nossa cidade e o mundo!
fazendo cumprir aquelas profecias!
sem mágica,
sem descaminhos,
sem arroz,
sem feijão,
com sal
e açúcar!
seguimos na luta
e na lua de mel!

terça-feira, 26 de setembro de 2017

rainha do meu lá!


estás linda e perfumada!
minha água segue sendo a fonte.
daquelas fontes que dão show.
tem muitas em dallas, dubai, roma.
mas autêntica mesmo só a minha.
que me inspira com seu olhar,
com seu andar, com seu sorrir.
que também me faz rir.
faz um balé!
dá um olé no meu coração!
em casa temos de tudo um pouco.
basta uma volta no armário
e surge um prato novo.
nossa culinária é digna de uma masterchef!
suas curvas contemplam minhas palavras
e, certamente, serão sempre!
bomba aqui, bomba lá!
rainha do meu lá!
e de todas as notas mais!
porque de menos

mais!

__gente, é carne!! só caiu no chão! faz mal não!


o caminhão de carne tombou e a população correu para saquear.
alguma coisa errada nisso?
beira a normalidade brasileira.
se fosse um caminhão de pregos também teria quem os quisesse.
sigamos para uma história real,
bem semelhante aos escritos do rubem,
não o alves, o fonseca:

"Moradores de Soure, na ilha do Marajó, no Pará, desenterraram nesta segunda-feira (25) uma carga de carne decretada imprópria para o consumo pela Vigilância Sanitária do município. O caso foi confirmado pelo prefeito da cidade Guto Gouveia.
Caminhão de transporte de carne tombou e carga caiu no estrada. Moradores se aglomeraram em busca de pegar a carga . Caminhão de transporte de carne tombou e carga caiu no estrada. Moradores se aglomeraram em busca de pegar a carga
Caminhão de transporte de carne tombou e carga caiu no estrada. Moradores se aglomeraram em busca de pegar a carga
De acordo com o prefeito, na tarde da segunda-feira (25) um veículo que transportava carne bovina sofreu um acidente de trânsito na cidade. Parte do alimento que estava sendo transportado acabou caindo na pista. Técnicos da Vigilância Sanitária condenaram parte da carga e a enterraram em um terreno.
Logo após o serviço ser concluído, parte da população da área foi ao local para tentar desenterrar a carga. As pessoas foram contidas por seguranças particulares. No final da tarde, um grupo maior de pessoas apareceu e conseguiu desenterrar o alimento.
“Chegou um grupo grande de pessoas portando facões e até arma cartucheira, o que intimidou os seguranças particulares, que não puderam fazer nada. A polícia foi acionada, mas também não conseguiu evitar o saque da carne estragada”, contou Guto Gouveia.
Ainda de acordo com o prefeito de Soure, foi registrado um boletim de ocorrência sobre o caso e sobre a invasão ao terreno. O caso será investigado." (g1)

é isso mesmo!
a carne foi condenada pela vigilância sanitária!
__gente, é carne!! só caiu no chão! faz mal não!
__vai fazer mal pra vocês!
__que mal? pior que estamos não passa!
__não não! afastem-se! tudo vai pro lixo!
__moço, tenha dó! tá tudo fresquinho!
__não não não! afastem-se! chama reforço aí...

e o povo não aceitou!
o povo lacrou!

ameaçaram levar as carnes, chamaram seguranças particulares!
o povo arrastou alguma coisa.
mas a notícia do enterro tomou conta das redondezas
e quase toda vila voltou na segunda investida.
não havia nada para ser comido em seus lares
e aquela carne estava ali como um oásis,
quase nunca comeram carne na vida.

foice, facão, paus, pedras e até uma garrucha!
corre corre, empurra empurra, criança chorando, mulher gritando,
homem esbravejando, cachorro latindo, gato fugindo, seguranças e policias desnorteados!
__tá solta a bruxaaaa!!!

__deixem que desenterrem!( e foi assim que a equipe aplicou um foda-se ).
e as carnes condenadas ao vermes agora vão matar fomes.
a justiça foi feita?

sábado, 23 de setembro de 2017

amor nunca será coisa.


semeio amor.
quero colhê-lo.
semeio no começo e meio.
também no fim há amor.
semeado, não se acaba.
terra seca, terra molha,
terra voa empoeirando
mas amor jamais se acabando.
coisas acabam.
amor nunca será coisa.
há quem coise,
mas não é coisado.

uma grávida trepando em árvore? nãooooo!!


hoje tive o prazer de chupar uma manga.
bastou o cheirinho para que eu voltasse lá pros anos 80!
mangueiras e abacateiros fizeram a minha infância.
além de ser, muitas vezes, o que tínhamos para comer,
era nossa diversão.
éramos 8.
somos!
8 irmãos!
5 homens e 3 mulheres.
crescemos à base de manga e abacate.

no galho mais alto de uma das mangueiras (eram quatro mangueiras gigantes!)
montei uma casinha.
bem, não era de fato uma casinha,
era uma espécie de tablado
com uma prateleira improvisada
para onde eu ia ficar na paz das alturas.
muitas vezes levava os meus cadernos e livros.
meu nome gravei com um estilete.

reservado!

ninguém conseguia chegar lá!
eu, sem modéstia, desbancava meus irmãos e amigos
no quesito escalada.
era mais que um macaco!
saltava sem medo de galho em galho.

__que pirralho! diziam os mecânicos de avião.

é!! eu morava no aeroporto
e o quintal da nossa casa eram os hangares
e, logo ao fundo, a pista!
meu pai era servidor público
lotado no aeroporto de uberlândia e,
como servidor, tinha direito à moradia
cedida pelo ministério da aeronáutica.

meus pais chegaram no triângulo
vindos de brasília em 1974.
nasci em 75, cresci na velha casa rodeada de árvores frutíferas.
citei as mangueiras e os abacateiros
e me esqueci do retorcido pé de laranja,
da frondosa copa do pé de tamarindo,
das bananeiras, goiabeiras e ameixeiras!

as frutas eram nosso ganha pão.
eu e meus irmãos colhíamos as melhores
e saíamos para vender.
o ideal era colher com as mãos,
sem sacudir os galhos.
a fruta descia sem qualquer dano.
algumas vezes fazíamos redes de pano,
sobretudo para aparar os abacates gigantes.
minha mãe enchia um carrinho de mão
com frutas selecionadas e partia para o escambo!
e voltava das mercearias sempre com pães, leite e fubá.
creio que o mingau de fubá foi a nossa segunda fonte...
minha mãe transformava frutas em pão:
o pão nosso de cada dia!
duro era quando as frutas saíam da estação...

acho que as habilidades em escalar árvores
herdei da minha mãe!
quando ela estava me gestando, subiu
num dos pés de manga atrás de uma sedutora fruta roxa.
era o desejo falando mais alto que a prudência.
uma grávida trepando em árvore? nãooooo!!
e ela caiu de uma altura de seis metros!
acho que me lembro desse tombo!
menos mal que ela tenha quebrado apenas um pé.
nada de rompimento de placenta.
diz ela que caiu pedindo ao divino pai eterno que me protegesse.
minha mãe era uma mulher de fé.
o divino atendeu!
sobrevivi até o nascimento e depois segui tendo vida!
e vida em abundância!
foi um parto normal mas enrolado no cordão umbilical.
nasci mais roxo que a manga do quintal!
ahhh minha amada mãe...minha musa inspiradora!
muitas saudades aqui!

quanta sinestesia!

bastou o cheirinho doce da manga!
quando então suas fibras se enroscaram em meus dentes...
foi como entrar na máquina do tempo!
as imagens se tornaram lúcidas, tão reais quanto
a primavera que encheu de flores minha pitangueira!
sorri feito um bobo e não vou negar que chorei,
lágrimas de chuva!
águas doces trepidaram nos meus olhos!
não marejei!
marejar vem do mar!
não vem?
e de sal pouco sei!
provo água fria de riacho,
arranco a banana do cacho,
pulo de 15 metros pra provar
que sou minino macho!
é certo que uma montanha de serragem amorteceu a queda,
as famosas brincadeiras sadias da nossa infância!
em tempo!: não chupei toda polpa da manga,
apenas o que sobrou no caroço!
a polpa mesmo vai virar papinha pro meu filho.
ele ama manga!
é assim todo bom moço.
goza as coisas boas do mundo
sem perder seus ares celestiais,
sua sacralidade,
misturando tudo aos prazeres carnais
em doses justas e honestas.






terça-feira, 19 de setembro de 2017

mas nos preparamos melhor que os moradores da flórida


a super mãe se desdobra:
quer um filho super também.
com uma das mãos dá comida,
com a outra corrige cadernos.
ela brilha.
tem que ter energia para manter as coisas em ordem.
depois que o bebê começou a desbravar o mundo
com suas pernícolas de papai,
tudo na casa cai.
mas nos preparamos melhor que os moradores da flórida.
a casa é só felicidade!
a felicidade mora no seio familiar!
__cuidado com os cacos da bomboniere!!!

sábado, 9 de setembro de 2017

nada melhor que um bom hálito


o homem acendeu um cigarro e foi um pouco mais para rua.
não queria parecer incômodo.
mas era.
ele fumava em frente ao hospital do câncer.
e vira e mexe entrava um novo paciente vítima do cigarro.
cada morimbundo que passava
era aquela olhada torta.
e os olhos falam!:
__você me fez mal!
__você está me matando!
__some com essa maldição!
__não fume!
o fumante apagou o cigarro em sinal de respeito.
não jogou fora um cigarro com mais da metade.
guardou aquilo no bolso do peito.
um paciente em metástase acenou parabenizando.
seguia para, talvez, seu último leito.
tudo fede em torno do cigarro.
a boca fede mais.
é difícil conversar com um fumante logo após suas tragadas.
é terrível!
nem um halls preto resolve!
fedem suas mãos e cabelos,
fedem suas roupas e cada palavra dita.
parar de fumar requer luta e é preciso ter fôlego para lutar.
fumar deixa a gente sem fôlego,
mas, pela vida, vale tudo! a luta é livre apesar do fôlego pequeno.
tem que lutar pela vida até o começo.
tem até um grupo com esse nome, o luta pela vida.
gente de garra que administra o hospital do câncer da minha cidade.
nada melhor que um bom hálito
e boas companhias para uma boa prosa.

tem um furacão irma na minha casa.


tem um furacão irma na minha casa.
ele passa deixando rastros.
restos de comida,
livros revirados,
água pra todo lado.
o irma é o máximo!
ele come papel
e experimenta os sabores de tudo!
que Deus proteja o irma!

conexão com a verdade


notícia fresca!

SÃO PAULO (Reuters) - O empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud, ex-diretor da J&F, holding que controla a JBS, disseram em nota divulgada nesta terça-feira que não falaram a verdade nas conversas gravadas encontradas pela Procuradoria-Geral da República.

Os áudios levaram o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a abrir uma investigação que pode levar à rescisão do acordo de delação premiada firmado por executivos da J&F com a Procuradoria. Nos áudios, Joesley e Saud fazem referência a autoridades da PGR e do Supremo Tribunal.

Na nota desta terça, os dois afirmam que não têm conhecimento de nenhum ato ilícito das autoridades citadas e pedem "as mais sinceras desculpas por este ato desrespeitoso e vergonhoso".

"A todos que tomaram conhecimento da nossa conversa, por meio de áudio por nós entregue à PGR, em cumprimento ao nosso acordo de colaboração, esclarecemos que as referências feitas por nós ao excelentíssimo senhor procurador-geral da República e aos excelentíssimos senhores e senhoras ministros do Supremo Tribunal Federal não guardam nenhuma conexão com a verdade", afirma a nota assinada por Joesley e Saud.

"Não temos conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades, o que nós falamos não é verdade", acrescenta a nota. "Reiteramos o nosso mais profundo respeito aos ministros e ministras do Supremo Tribunal Federal, ao procurador-geral da República e a todos os membros do Ministério Público."

Os novos áudios de Joesley e Saud levaram a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia a fazer um pronunciamento no que declarou que as conversas agridem, "de maneira inédita na história deste país, a dignidade institucional deste Supremo Tribunal e a honorabilidade de seus integrantes".

a melhor parte, sem dúvidas, é a "não guardam nenhuma conexão com a verdade".
primeiríssima vez que vejo este termo para se referir a mentira.
mentirinha de alguns bilhões de reais em propinas.
como ser um eufemismo?
não dá.
a melhor parte vem agora:
do exílio novaiorquino para o exílio da papuda!
essa foi excelente!
como pode um grande empresário gozar na cara da justiça desse jeito?
rá!
é o que todos os grandes fazem!
e pagam muito bem!