quinta-feira, 23 de novembro de 2017

10 horas canção de ninar brahms.


daqui uns dias vamos celebrar 2 anos de matrimônio!
e a sensação que tenho a cada dia é que sou mais tudo!
tudo por causa dessa água doce que veio me deixar tonto,
que atravessou meu riacho, virou rio e mar somos!
quase dois anos onde aprendemos mais sobre nós mesmos,
onde nos formamos coach em casa, comida e bebê.
bebemos só água e isso basta.
nossas alegrias rotineiras passam longe de besteiras,
novelas e netflix.
quem disse que isso faz a gente feliz?
nossa tv vive muda e vazia,
nosso rádio quase não toca
mas nosso notebook vive sintonizado
nas galinhas pintadinhas,
no bita, pequerruchos, jacarelvis, etc etc etc.
madrugada afora seguimos conectados em
10 horas canção de ninar brahms.
às vezes sonho que a música acabou!
mas o sonho?
o sonho não acabou!
está apenas no comecinho!
veja que coisa boa!!
tem doce, tem sal,
tem sonho e broa!
temos muito o que ver, ouvir e nascer!
andemos com a festa!

três ex-governadores presos!


o rio de janeiro está de parabéns!
três ex-governadores presos!
ahhh! e o atual presidente da assembleia legislativa!
e vão levar mais gente!
é bom ver a justiça acontecendo
e o sol nascendo quadrado entre as montanhas!
viva a beleza carioca!
opaa! segura a onda que lá vem o pezão!
enquanto isso em minas gerais...
em minas não tem onda!
seguem livres, leves (nem tanto) e soltos
os excelentíssimos senhores newton cardoso,
eduardo azeredo e aécio neves!
e keep calm que agora é pimentel!

domingo, 5 de novembro de 2017

ahhh aquela pobre mulher que matou o cachorrinho...


eram quase 6 da manhã quando presenciei esta cena.
um carro transitava em sentido contrário na mesma rua em que eu estava.
um cachorro cruzou o caminho.
a pessoa que estava na direção do carro acendeu o farol alto.
não buzinou, não freou, não reduziu a velocidade de maneira alguma.
ao que tudo indica, o cachorro não conseguiu entender o significado daquele sinal
e continuou ali, no meio da rua.
o motorista não reduziu e piscou os faróis.
o motorista atropelou o cachorro.
vi que se tratava de uma mulher na direção
e que o veículo era um chevrolet desses mais novos
que ainda não sei o nome,
não consegui anotar a placa.
parei para socorrer o cachorro
que estava estrebuchando no chão.
era um cachorrinho preto com manchas brancas,
de, no máximo, 1 ano de vida.
se tinha pai, se tinha mãe, se tinha irmãos ou um dono,
eu não sei,
só sei que puxei o corpo para o canto da calçada
e segui meu caminho.
é.
o bichinho morreu ali, na minha frente.
eu estava atrasado para o trabalho e
talvez aquela mulher também estivesse atrasada,
ou com medo.
tem todo tipo de gente.
mas isso não explica tamanha crueldade.
cachorros não entendem alguns códigos que inventamos e
o melhor para os bichos que atravessam
perigosamente as ruas é o freio.
concordo que há situações onde é impossível evitar o atropelamento.
numa certa ocasião, atropelei um tatu na estrada,
era ele ou eu.
uma manobra brusca poderia causar um capotamento.
noutra feita atropelei um gato,
dirigia numa avenida na velocidade regulamentada,
vi o gato na calçada.
tranquilo!
mas, quando eu passei, ele simplesmente se jogou sob as rodas do meu carro!
penso que foi um suicídio.
pelo retrovisor, vi que fora esmagado.
não voltei para retirar do meio da rua.
fiz errado?
pode ser, mas ele foi mais errado do que eu.
que fosse sua sétima vida mas logo comigo??
ahhh aquela pobre mulher que matou o cachorrinho...
que Deus tenha misericórdia dos seus faróis!



quinta-feira, 2 de novembro de 2017

__que pena...não vou poder ajudar vocês porque sou ateu.


estava na casa santa gemma, uma instituição filantrópica que acolhe pessoas em situação de rua,
quando o telefone tocou:
__casa santa gemma boa tarde!
__boa tarde, meu nome é joãozinho*!aí que vocês cuidam de pessoas de rua?
__sim!
__quero saber mais do trabalho de vocês!
__claro!! que maravilha!
__pois é, quero contribuir financeiramente!
__excelente! estamos precisando!
__então, como é o serviço de vocês?
__bom, nosso trabalho é resgatar a dignidade do morador de rua, promovendo o acesso à saúde e demais direitos que eles tem.
__vocês estão associados à alguma empresa?
__não, nenhuma! não temos nenhum grande provedor, mantemos as atividades apenas com pequenas doações.
__sei...tem alguma instituição por trás...?
__nós somos a instituição! (risos)
__vocês estão ligados a alguma religião? igreja?
__sim! somos a sede da pastoral de rua da igreja católica!
__então vocês doutrinam os outros?
__não, respeitamos a religião de cada um dos nossos acolhidos e temos parceria com qualquer grupo religioso cujo objetivo em relação à população seja semelhante ao nosso.
__que pena...não vou poder ajudar vocês porque sou ateu.
__que isso! até os ateus nos ajudam!
__não...não é assim...não quero ajudar quem vive de doutrinas...
__olha, por telefone é muito fácil você dizer não, vamos marcar uma visita? você conhecendo o nosso trabalho pessoalmente será mais fácil perceber a importância da sua ajuda, além de olhar olho no olho! aí sim!
__não não...realmente quero muito ajudar mas tem que ser uma instituição que não seja conduzida por pessoas religiosas...
__olha, me desculpe, mas nesse caso você vai ter que fundar uma!
tu tu tu tu tu...
ele desligou mas espero que entre em contato novamente, não quero parecer arrogante.
poderemos conversar sobre a criação da primeira instituição de caridade mantida e coordenada por ateus.
valei-me meu Deus!

*o nome é fictício mas a história é real