sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Amanhã devo experimentar camarão.

Uma nova engrenagem social tenta por para funcionar quem estava sentado sob as sombras. Não que seja errado sentar-se sob a sombra de quaquer coisa, o problema é não deixarem os outros também usufruirem. "A sombra é para todos", como diz aquele ditado popular. Somada à água fresca aí que as coisas ficam mais belas! Mas não adianta sombra e água fresca, é preciso variar a bebida e juntar alguns petiscos, exceto camarão pois os camarões são as baratas dos oceanos. Isso não é preconceito, mas conheço muita gente que morreu depois que comeu camarão. O sol brilha tão intensamente que seu brilho ofusca o brilho natural de pessoas que se acham o centro do universo. Pense nestas pessoas. Ok. Nossa finitude é a metáfora do que é efêmero, mesmo assim, muitos de nós preferem apenas as sombras. Viver de sombra e não aproveitar o que a luz do sol pode nos dar é colocar mais pressa nessas efemeridades. Apesar do pouco tempo de uma geração, cada segundo deve ser aproveitado ao máximo. Um segundo se faz minuto, horas e dias de bons proveitos. As experiências da vida não se fazem apenas sob a escuridão, mas passam por todos os elementos da natureza. Não não não! Sombra não é um elemento da natureza, mas depende de um para existir. Na caverna do Platão estão muitas pessoas que se cansaram de procurar a luz e preferem o aconchego da sombra, mas isso tem seu preço. Seria a alienação? Ou a tal zona de conforto? Que zona é essa gente? Muitos de nós se esforça pra chegar nessa zona para depois ter que sair? Que zona é essa? É que a zona de conforto não pode ser para sempre. É esta sombra que nos segura e daí não vivemos mais nada. De fato, precisamos nos aventurar! Amanhã devo experimentar camarão.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Deram a poltrona do papai para o capeta

O triste 8 do 1. Dia que entrou para história do Brasil como um dos momentos mais repugnantes e insólitos, digno de ser recordado como o dia em que um monte de gente trajando camisetas da seleção brasileira de futebol decidiu quebrar tudo achando que a quebradeira causaria a restituição do poder aos fascistas e emergúmenos. Vale lembrar que esse mesmo povo já havia ficado exposto às intempéries na porta dos quartéis Brasil afora e estava cheio de mágua e cançaso, depois de marcharem em vão, dormindo em colchonetes e comendo pão com carne moída, sentiram na pele a experiência de ser pobre em um assentamento 5 estrelas. Até os banheiros eram unissex. Já pensou? Dia de gente frustrada e perdida, derrotada e cega. Quase todos de uma classe média alta inconformada com a vitória da democracia. Os pobres que estiveram naquela investida maluca continuam atrás das grades. Parabéns pra eles! Estão aprendendo da forma mais justa sobre consciência de classe. O Brasil não voltará para uma experiência militarizada pois todos sabem que foi um tremendo fracasso. Período terrível de corrupção e endividamento, além da perseguição política, tortura e tudo que fez da época um verdadeiro declínio democrático e humano. O 8 do 1 é para não esquecermos que existiram pessoas capazes de continuar apoiando uma figura patética apesar de todos os pesares. Patética, irresponsável e fracassada em seus propósitos, se é que tinha algum pois o que presenciamos em 4 terríveis anos foi um vergonhoso nada. Defesa da vida foi o que menos vimos, defesa da família? Só a dele. Defesa da pátria? Só vimos declarar amor para os EUA. Temor a Deus? Rá! Um cara que imita uma pessoa morrendo de COVID não tem temor a Deus, mas zomba da sua criação. Falando em Deus, como teve evangélicos e católicos radicais apoiando a morte, o linguajar chulo e todo tipo de patifaria anticristã! Esse povo fez as igrejas se envergonharem. Semearam e multiplicaram as mentiras via whatsapp, deram fala e crédito às tolices, levaram para suas salas o pior do ser humano e acharam tudo muito justo, pois lutavam contra a terrível ameaça comunista. Enfim, deram a poltrona do papai para o capeta. Agora que essas insanidades ficaram no passado, creio que podemos deixar o 8 do 1 como única coisa para se recordar dessa quadrilha que esteve no poder de 2018 a 2022. O deprezo pela coisa pública, pela vida, pela democracia, pelas autoridades constituídas e pela arte. Adeus para nunca mais.