quinta-feira, 12 de maio de 2022

O que acontece com os oligarcas e magnatas russos durante um bloqueio econômico?

Na foto Alexander Subbotin O que acontece com os oligarcas e magnatas russos durante um bloqueio econômico? A notícia de jornal: Mais um magnata russo ligado ao petróleo morreu em "circunstâncias misteriosas" nesta semana. De acordo com a imprensa internacional, o corpo de Alexander Subbotin, 43, ex-diretor da empresa LukOil, foi encontrado por dois xamãs após um ritual que teria utilizado veneno de sapo para curar uma ressaca. As informações foram divulgadas pelo canal de comunicação Mash hoje, mas a data da morte de Subbotin não foi detalhada pelo veículo.... - O bilionário teria visitado um xamã chamado "Magua" e a esposa dele na residência do casal em Mytishchi para ser submetido a um ritual de cura pelo qual ele já tinha passado anteriormente sem qualquer problema. O ritual consistia em abrir uma pequena incisão na pele e adicionar um veneno de sapo no local para tratar sintomas da ressaca. "Ele veio mais uma vez para tratar a ressaca. De repente, ele começou a se sentir mal, com uma dor no coração. O xamã decidiu que não chamaria a ambulância, deu Corvalol [uma espécie de sedativo] a ele e colocou o empresário para dormir no porão", afirmou o canal de comunicação. No amanhecer, o xamã teria constatado que o bilionário estava morto Outros seis oligarcas ligados à Rússia morreram neste ano Antes de Subbotin, seis oligarcas russos próximos do presidente Vladimir Putin tinham morrido em circunstâncias suspeitas desde o início da invasão à Ucrânia: as mortes são atribuídas a suicídios, mas também podem ser assassinatos disfarçados, segundo observadores habituados aos métodos de vingança conhecidos do líder russo. Todos eram executivos de empresas como a gigante russa de energia Gazprom. A hipótese de suicídio pode ter relação com o medo da falência, por causa das sanções ocidentais. Mas eventuais assassinatos, motivados por traição ao presidente Putin, não podem ser descartados, de acordo com analistas. Os dados foram compilados pela imprensa francesa, que considerou as semelhanças entre os casos muito grandes para não levantar suspeitas. O jornal Le Figaro destaca que os seis bilionários russos e suas famílias foram encontrados mortos em circunstâncias que as investigações policiais ainda não conseguiram esclarecer. Em todos os casos, o modus operandi observado pelos investigadores sugere um suicídio ou um crime familiar. Porém, o perfil das vítimas e a sua proximidade com o Kremlin, combinados com a sucessão de mortes, semeiam dúvidas. Quem são eles? Sergey Protosenya Ex-diretor executivo da Novatek, a segunda maior empresa de gás da Rússia, foi encontrado morto em 20 de abril, aos 55 anos, enforcado no jardim de uma mansão em Lloret del Mar, na Espanha, ao lado dos cadáveres esfaqueados de sua esposa Natalya, 53, e da filha Maria, 16 anos. A polícia espanhola investiga a hipótese de um duplo homicídio perpetrado pelo oligarca, seguido de suicídio. Protosenya tinha uma fortuna avaliada em mais de US$ 400 milhões. Vladislav Avaev No dia anterior, em 19 de abril, o corpo de Avaev, ex-vice-presidente do banco russo Gazprom e ex-oficial do Kremlin, e os de sua esposa e filha foram descobertos em um apartamento em Moscou. Os cadáveres estavam com marcas de balas. Como uma arma foi encontrada ao lado do corpo de Vladislav e o apartamento estava trancado por dentro, a polícia prioriza a hipótese de suicídio. Leonid Schulman Diretor da Gazprom, de 60 anos, foi encontrado morto no banheiro de sua residência, em São Petersburgo, no final de janeiro. No local foi encontrada uma carta evocando a versão de suicídio. Alexander Tyulyakov Vice-diretor da Gazprom, de 61 anos, foi encontrado enforcado em um chalé também na região de São Petersburgo. Mikhail Watford Um magnata do petróleo de 66 anos, foi encontrado enforcado na garagem de sua mansão, no subúrbio de Londres. Vasily Melnikov Ex-funcionário da empresa de equipamentos médicos MedStom, encontrado morto em seu apartamento em Nizhny Novgorod, no distrito de Volga, juntamente com a esposa e dois filhos de 4 e 10 anos, completa a assustadora lista. Nenhum vestígio de luta ou de invasão de domicílio foi registrado. E nos casos de Alexander Tyulyakov e Leonid Shulman, cartas de despedida encontradas perto dos corpos são considerados como indícios que sustentam a tese dos suicídios. Seria mera conspiração ou o já conhecido modus operandi russo com seus arquivos e inimigos?