Rastros no acaso
ficam onde passo
faço ondas na areia
fecho os olhos contra o vento
somem aos poucos as marcas
mas, as verdadeiras,
permanecem serenas
perenes,
eterno.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
domingo, 17 de agosto de 2008
IMPOSTOS

Tudo que é imposto é ruim.
Tudo que é obrigado é ruim.
Posto à força em nossos bolsos vazios,
mais um imposto que vem da Homero,
do Liberdade, do Planalto.
Alto preço.
Obrigado! Obrigado por me tirar tudo!
Quem sabe, à força, todos nós viremos franciscanos?
Campeão mundial de impostos!
Mais uma vitória para nossa educação,
para nossa saúde, para nossa segurança!
___ Ahhh...não se iluda, criança!
Tem muita gente pra repartir nosso suor!
E pouca gente pra matar nossa fome!
Pra cuidar da gente! Pra educar nóis!
Mais uma partida e tudo bem!
Mais uma rodada e ok!
Mais um feriado e tudo está certo!
Imposto.
Tudo que é imposto é ruim.
Tudo que é obrigado é ruim.
Ahhh..se tudo fosse diferente,
se o que era da gente, voltasse pra gente!
Se o que nos parecia perdido, aparecesse!
Imporam que eu deveria pagar,
PAGUEI!
Dái a César o que é de César...
Tudo que é obrigado é ruim.
Posto à força em nossos bolsos vazios,
mais um imposto que vem da Homero,
do Liberdade, do Planalto.
Alto preço.
Obrigado! Obrigado por me tirar tudo!
Quem sabe, à força, todos nós viremos franciscanos?
Campeão mundial de impostos!
Mais uma vitória para nossa educação,
para nossa saúde, para nossa segurança!
___ Ahhh...não se iluda, criança!
Tem muita gente pra repartir nosso suor!
E pouca gente pra matar nossa fome!
Pra cuidar da gente! Pra educar nóis!
Mais uma partida e tudo bem!
Mais uma rodada e ok!
Mais um feriado e tudo está certo!
Imposto.
Tudo que é imposto é ruim.
Tudo que é obrigado é ruim.
Ahhh..se tudo fosse diferente,
se o que era da gente, voltasse pra gente!
Se o que nos parecia perdido, aparecesse!
Imporam que eu deveria pagar,
PAGUEI!
Dái a César o que é de César...
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
domingo, 10 de agosto de 2008
ipê

sou um ipê
pode ser rosa mesmo
a cor rosa é linda
as folhas,
verdes,
quando amadurecem,
ficam rosas
ficam lindas
sou um ipê
mas que vive sempre florido
muitas estações
e as flores continuam
as mesmas
e se multiplicam
e fazem um tapete
na cor das pétalas
pessoas pisam nelas
e tanto faz pisar ou não
as marcas permanecem,
e amanhecem,
não esquecem,
aquecem.
corações.
ego

meu maior sonho não é meu
é um sonho para muitos viverem
para dormirem e acordarem em paz
para poder sentir novo
a vida que muitas voltas dá
para que possam olhar nos olhos
frente à frente
com dignidade
certos de que são preciosos
diamantes brutos
prontos para a lapidação
dia após dia.
um sonho que atende apenas
meus desejos
não é um sonho verdadeiro
não pode ser algo importante
não me faz realizado
não é sonho bom
é sonho de ego
ego
sonho bom é sonho que a muitos
realiza
que a muitos faz feliz
que assim também me faz.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
sexta-feira, 18 de julho de 2008
cerca
pessoas quando partem deixam
pessoas quando partem deixam alguma coisa:
algumas deixam saudades,
outras lembranças.
algumas deixam dívidas,
outras, heranças.
outras, dúvidas,
outras, ainda, deixam nada.
pessoas que vão sem avisar
deixam incompletas suas missões,
outras, suas mansões.
algumas deixam esfriar
a sopa de mais tarde.
pessoas quando partem deixam alguma coisa:
deixam passos,
deixam espaços,
deixam abraços,
(talvez, nunca dados: pensados).
Deixam chão,
e pequeno chão os servem.
deixam amores,
amantes,
músicas incompletas,
poes...
sinfonia que se finda pra alguns,
que continua sem parar,
sem deixar que deixemos nada.
algumas deixam saudades,
outras lembranças.
algumas deixam dívidas,
outras, heranças.
outras, dúvidas,
outras, ainda, deixam nada.
pessoas que vão sem avisar
deixam incompletas suas missões,
outras, suas mansões.
algumas deixam esfriar
a sopa de mais tarde.
pessoas quando partem deixam alguma coisa:
deixam passos,
deixam espaços,
deixam abraços,
(talvez, nunca dados: pensados).
Deixam chão,
e pequeno chão os servem.
deixam amores,
amantes,
músicas incompletas,
poes...
sinfonia que se finda pra alguns,
que continua sem parar,
sem deixar que deixemos nada.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
árvore da vida
domingo, 6 de julho de 2008
tempo pra romance

queria escrever um romance
quem sabe algo mais profundo
mas não sou diplomata
não me escondo nesse mundo
tempo tempo tempo antes que me canse
uma coisa é conseguir tempo
outra é ter tempo pra lançar no espaço - alvo
como o romance requer mais data
vou poetizando por aí
que poesia se faz todo dia
com poucas letras
se dá por satisfeita
mas deixa um que
de sem fim

aspereza e grosseria.
brutalidade e insensibilidade.
falsidade e intolerância.
descrição exata de animais.
de seres irracionais.
de gente mesmo:
materialismo e egocentrismo
fazem gentes assim.
mas os animais são bons!
são racionais e conseqüentes!
nós é que somos diferentes!
ahh...quem sabe amar vira bicho!
dócil quando tem que ser,
feroz...
quando precisa ser.


invariavelmente vou ao parque
onde habitam seres desconhecidos
parque aqui parque acolá
charlie parker vai tocar
bebop sons que ouço
osso duro de roer
trilho entre espaços parcos
espaços
porcos selvagens saem do nada
nadam como peixe fora d´agua
sax do parker bird parker
alçam vôo alto e tenor
com tramas
coltrane
bird
pássaros jazzistas do parque
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Ingrid Betancourt
Morte por fome

Morte por fome.
Matam-me aos poucos.
São todos uns loucos!
Morte dolorida, sofrida, arrastada.
Matam-me e fingem não me matar.
Morte por fome.
Meu corpo, aos poucos, some.
Meu corpo se digere aos poucos.
São todos uns loucos!
Sistema de pujança.
Sistematicamente fingem não me matar.
Morto de fome.
Sumo na natureza.
Pareço nunca ter existido.
Desistido?
Nunca! A vida não me perdoaria!
Parte negra e desprezada.
Explorada à exaustão.
Gente escravizada.
Gente dizimada.
Que futuro melhor teria
com um passado ainda
tão
presente?
Ó abutre...
aos menos tu
não morrerás
como
eu.
Matam-me aos poucos.
São todos uns loucos!
Morte dolorida, sofrida, arrastada.
Matam-me e fingem não me matar.
Morte por fome.
Meu corpo, aos poucos, some.
Meu corpo se digere aos poucos.
São todos uns loucos!
Sistema de pujança.
Sistematicamente fingem não me matar.
Morto de fome.
Sumo na natureza.
Pareço nunca ter existido.
Desistido?
Nunca! A vida não me perdoaria!
Parte negra e desprezada.
Explorada à exaustão.
Gente escravizada.
Gente dizimada.
Que futuro melhor teria
com um passado ainda
tão
presente?
Ó abutre...
aos menos tu
não morrerás
como
eu.
domingo, 15 de junho de 2008
paúra
figura, em alta estatura
a feiúra de seus milhões
de pés de altura
distancia mais da baichura
no discursso torpe fura
na paúra que dá ouvir
mentiras sobre ditadura
dentadura escondida
que impede sorrir
mata e peleja
na luta de uma cura
que não vem
um nóbel
nobre jura
a feiúra de seus milhões
de pés de altura
distancia mais da baichura
no discursso torpe fura
na paúra que dá ouvir
mentiras sobre ditadura
dentadura escondida
que impede sorrir
mata e peleja
na luta de uma cura
que não vem
um nóbel
nobre jura
quarta-feira, 4 de junho de 2008
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Miamar e China
mais um ciclone sem amor
davastou Miamar.
Se não me amas,
deverias!
Miamar mistura
vento e mar.
ditadura, agora,
não deixa lavar.
(eles querem levar!)
mais um terremoto
derruba a China.
muralha? muralha não!
que essa não é qualquer coisa!
quantas noivas não se casaram...
quantos tigres se perderam...
quantos carros não chegaram...
terra e tremor,
tijolos e aço.
vida.
davastou Miamar.
Se não me amas,
deverias!
Miamar mistura
vento e mar.
ditadura, agora,
não deixa lavar.
(eles querem levar!)
mais um terremoto
derruba a China.
muralha? muralha não!
que essa não é qualquer coisa!
quantas noivas não se casaram...
quantos tigres se perderam...
quantos carros não chegaram...
terra e tremor,
tijolos e aço.
vida.
Tocha e Tibet
Por onde a tocha passa
arrocha!
passa o fogo
e... racha!
Tibet dos monges,
Dalai e cá!
querem ser livres,
querem voar!
lá vai a tocha pelo mundo,
em cada canto
grita um raimundo:
Queimem os grilhões já!
lá vai a tocha pelo mundo,
em cada canto tem um zé
que aspera sem cessar:
liberdade pro Tibet!!!
arrocha!
passa o fogo
e... racha!
Tibet dos monges,
Dalai e cá!
querem ser livres,
querem voar!
lá vai a tocha pelo mundo,
em cada canto
grita um raimundo:
Queimem os grilhões já!
lá vai a tocha pelo mundo,
em cada canto tem um zé
que aspera sem cessar:
liberdade pro Tibet!!!
sexta-feira, 2 de maio de 2008
e agora somos os indignados...
"Bombardeamos Hiroshima e Nagasaki. E bombardeamos com armas nucleares muito mais pessoas que os milhares (que morreram) em Nova York e no Pentágono", disse Wright no domingo seguinte ao 11/09.
"Apoiamos o terrorismo (...) contra os palestinos e os negros da África do Sul, e agora somos os indignados porque o que fizemos se volta contra nós aqui"...
isso é poético vindo de um cidadão de lá.
Jeremiah Wright
"Apoiamos o terrorismo (...) contra os palestinos e os negros da África do Sul, e agora somos os indignados porque o que fizemos se volta contra nós aqui"...
isso é poético vindo de um cidadão de lá.
Jeremiah Wright
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