É.
É segredo e ninguém pode contar.
Ixi... ninguém consegue guardar...
Como guardar um segredo?
Bem, contado, não mais é segredo!
Põe-o na gaveta!
Nas pedras de Diamantina!
( a Chapada!)
Na lua cheia!
No Mar Morto!
(morto não fala!)
Por que secaram as águas do Mar de Aral?
segunda-feira, 21 de julho de 2008
sexta-feira, 18 de julho de 2008
cerca
pessoas quando partem deixam
pessoas quando partem deixam alguma coisa:
algumas deixam saudades,
outras lembranças.
algumas deixam dívidas,
outras, heranças.
outras, dúvidas,
outras, ainda, deixam nada.
pessoas que vão sem avisar
deixam incompletas suas missões,
outras, suas mansões.
algumas deixam esfriar
a sopa de mais tarde.
pessoas quando partem deixam alguma coisa:
deixam passos,
deixam espaços,
deixam abraços,
(talvez, nunca dados: pensados).
Deixam chão,
e pequeno chão os servem.
deixam amores,
amantes,
músicas incompletas,
poes...
sinfonia que se finda pra alguns,
que continua sem parar,
sem deixar que deixemos nada.
algumas deixam saudades,
outras lembranças.
algumas deixam dívidas,
outras, heranças.
outras, dúvidas,
outras, ainda, deixam nada.
pessoas que vão sem avisar
deixam incompletas suas missões,
outras, suas mansões.
algumas deixam esfriar
a sopa de mais tarde.
pessoas quando partem deixam alguma coisa:
deixam passos,
deixam espaços,
deixam abraços,
(talvez, nunca dados: pensados).
Deixam chão,
e pequeno chão os servem.
deixam amores,
amantes,
músicas incompletas,
poes...
sinfonia que se finda pra alguns,
que continua sem parar,
sem deixar que deixemos nada.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
árvore da vida
domingo, 6 de julho de 2008
tempo pra romance

queria escrever um romance
quem sabe algo mais profundo
mas não sou diplomata
não me escondo nesse mundo
tempo tempo tempo antes que me canse
uma coisa é conseguir tempo
outra é ter tempo pra lançar no espaço - alvo
como o romance requer mais data
vou poetizando por aí
que poesia se faz todo dia
com poucas letras
se dá por satisfeita
mas deixa um que
de sem fim

aspereza e grosseria.
brutalidade e insensibilidade.
falsidade e intolerância.
descrição exata de animais.
de seres irracionais.
de gente mesmo:
materialismo e egocentrismo
fazem gentes assim.
mas os animais são bons!
são racionais e conseqüentes!
nós é que somos diferentes!
ahh...quem sabe amar vira bicho!
dócil quando tem que ser,
feroz...
quando precisa ser.


invariavelmente vou ao parque
onde habitam seres desconhecidos
parque aqui parque acolá
charlie parker vai tocar
bebop sons que ouço
osso duro de roer
trilho entre espaços parcos
espaços
porcos selvagens saem do nada
nadam como peixe fora d´agua
sax do parker bird parker
alçam vôo alto e tenor
com tramas
coltrane
bird
pássaros jazzistas do parque
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Ingrid Betancourt
Morte por fome

Morte por fome.
Matam-me aos poucos.
São todos uns loucos!
Morte dolorida, sofrida, arrastada.
Matam-me e fingem não me matar.
Morte por fome.
Meu corpo, aos poucos, some.
Meu corpo se digere aos poucos.
São todos uns loucos!
Sistema de pujança.
Sistematicamente fingem não me matar.
Morto de fome.
Sumo na natureza.
Pareço nunca ter existido.
Desistido?
Nunca! A vida não me perdoaria!
Parte negra e desprezada.
Explorada à exaustão.
Gente escravizada.
Gente dizimada.
Que futuro melhor teria
com um passado ainda
tão
presente?
Ó abutre...
aos menos tu
não morrerás
como
eu.
Matam-me aos poucos.
São todos uns loucos!
Morte dolorida, sofrida, arrastada.
Matam-me e fingem não me matar.
Morte por fome.
Meu corpo, aos poucos, some.
Meu corpo se digere aos poucos.
São todos uns loucos!
Sistema de pujança.
Sistematicamente fingem não me matar.
Morto de fome.
Sumo na natureza.
Pareço nunca ter existido.
Desistido?
Nunca! A vida não me perdoaria!
Parte negra e desprezada.
Explorada à exaustão.
Gente escravizada.
Gente dizimada.
Que futuro melhor teria
com um passado ainda
tão
presente?
Ó abutre...
aos menos tu
não morrerás
como
eu.
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