estavam amarelas as páginas
passadas uma a uma, vagarosamente.
pareciam páginas dos grilheiros
tentando autenticar pelas marcas do tempo,
as mentiras dos homens.
páginas que não eram comerciais,
que não vendiam nada,
quer dizer,
vendiam sim:
sonhos,
assim como cantou nascimento.
vendedor de palavras.
minhas páginas amarelas e perdidas,
encontradas depois de longas datas,
econdiam coisas minhas:
asas, pés e coração.
tudo numa mistura estranha de saudades,
tudo numa coisa que, mesmo em suas épocas,
não soube explicar mesmo.
traças traçam incessantemente letra por letra.
mas não conseguem usurpar a essência.
ficam alguns pingos de ir.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
´Deus louco de amor
terça-feira, 7 de julho de 2009
revelations

assim se revelam as palavras:
escondidas, parecem perdidas, mas não.
não estão perdidas.
sempre há quem as queira encontrar.
algumas preenchem vazios desconcertantes,
outras, desconcertam ainda mais.
desconcentram-me ainda mais.
letras atrás das portas,
portas identificadas por letras.
números não podem te superar,
nem sobrepor.
palavras e frases se formam com um piscar
de olhos.
algumas gotas de orvalho (ou lágrima) as tornam
foscas.
em forca se transforma a palavra,
em sorrisos, lágrimas tornam-se.
em torno de um dicionário giram almas
fulminates em raptar alguns significados
desconhecidos,
algumas rimas
que,
ainda,
não foram usadas.
como esta:
revelations,
ou você as tem,
ou naões.
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