estavam amarelas as páginas
passadas uma a uma, vagarosamente.
pareciam páginas dos grilheiros
tentando autenticar pelas marcas do tempo,
as mentiras dos homens.
páginas que não eram comerciais,
que não vendiam nada,
quer dizer,
vendiam sim:
sonhos,
assim como cantou nascimento.
vendedor de palavras.
minhas páginas amarelas e perdidas,
encontradas depois de longas datas,
econdiam coisas minhas:
asas, pés e coração.
tudo numa mistura estranha de saudades,
tudo numa coisa que, mesmo em suas épocas,
não soube explicar mesmo.
traças traçam incessantemente letra por letra.
mas não conseguem usurpar a essência.
ficam alguns pingos de ir.
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