sábado, 12 de junho de 2010

liberdade, ainda que tardia

dia disso, dia daquilo...
dia de gastar o que não tem,
dia de gastar o que sobra,
dia de ser obrigado a consumir,
dia de sumir,
dia de ser pau nessa obra.

um monstro horripilante
reaparece em cada data comemorativa,
com suas garras afiadas,
com suas comversas fiadas,
com suas propagandas enganosas,
com suas carinhas de fadas,
e suas peçonhas venenosas.

com a espada de samurai,
afiada dos dois lados,
sai cortando quem se deixa levar
pela ondinha ideológica,
lógica capitalista,
consumista,
fora da ordem:

preservem o meio ambiente!

uma apologia ao crime
enquanto o trem da humanidade
vai para outra estação.
povo são
mente sadia,
liberdade, ainda que tardia.

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