domingo, 1 de agosto de 2010

nascido em 21 de março de dois mil e dez.

nascido em 21 de março de dois mil e dez.
antes disso, sou uma folha em branco,
de textura límpida, de pautas curvas.

esqueça os nomes que me cercavam,
as coisas, as situações, ocasiões...
nada disso tem valor.
o que me vale, são os dias advindos de meu ingresso nesse mundo
após o maravilhoso encontro do mês três.
ah...não quero merecer ser desprezado
por causa de uma coisa do passado,
não me interessa mais lembrar
as coisas que eu mesmo já me esqueci.

bobagem.

o que vale é esse nascimento de cada dia após um novo dia,
esse mimo de Deus na criança recém-nascida,
(nas crianças recém-nascidas?)

meus ouvidos não querem mais ouvir
a mesma frase...me deixa queto!
nem meus olhos querem mais ser traçados
por outros fulminantes.
são coisinhas, resquícios, fuligens em nossas janelas.
bastam-me paninho e água limpa:
pronto! lá se foram as mazelas!
batatas fritas frias,
suco meladíssimo,
mesa quadrada,
garçon desengonçado,
rumos ignorados.

ah...não me agradam!
não quero mais tentar ser igual:
"para você não saber por outras bocas..."
outras bocas...
ora!!! outras bocas não me interessam!
não me importam as outras danças
e nem os outros dançarinos
que repartiram o palco!
não posso é pisar em seu calo!
é...
é melhor que me calo...

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