sábado, 4 de setembro de 2010

uma chuva forte varreu meu quintal


uma chuva forte varreu meu quintal
e lavou-me completamente.
os pingos límpidos e fortes
arrastaram para os poros terrestres minhas saudades.

fiquei quase sem sede.

espero-te anciosamente ó minha água!
tua volta nestes processos da matéria,
nessas fases da água!

abram-se pontes celestes!
portões pesados das nuvens!
sustentos atmosféricos!

obrigado Céu!
obrigado pelo presente/surpresa!
pela ausência dos hematomas!
pela possibilidade de andar sobre as águas!

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