
minha água,
siga os desníveis dos planaltos,
das montanhas,
vença as entranhas.
minha água,
insista com sua pureza,
encante-me com suas belezas,
sofra as dores dos nervos e músculos
como se fosse mais uma caminhada no sabiá.
minha água,
sua missão é ser doce
e, as vezes, salgada.
mas nunca suja,
mas nunca fética,
pois suja e fética
a água não é,
o homem é quem a faz assim.
minha água,
sorria pra mim!
corra para o mar!
mas...
não se esqueça de correr pra mim!
mesmo que seus passos sejam hoje sôfregos,
mesmo que tu sempre corras para o atlântico.
minha água,
obrigado.
obrigado por cair do céu,
cristalina,
sobre minha pele cansada do sol.
obrigado
por me levar
para onde
só tu,
pode lavar.
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