domingo, 6 de fevereiro de 2011

moedinha de duas caras.


fui numa festa
e lá fiquei:
eu, uma poltrona vermelha, um copo improvisado
com um pouco de refrigerante, um instrumento musical.
paciência.
despaciência.
quero ir lá fora!
mas...se eu for, vou acordar a bela adormecida...
bem, é melhor não ir!
é certo que ela está dormindo!
pra que incomodá-la?
deixe a bela adormecida em paz!
pronto! é isso!
permaneço com minha paciência
e agora copo vazio.
festa.
que festa?
nada novo.
nada em rio.
festa na poltrona vermelha.
espero.
onde está a contratante?
chegou!
pelos fundos!
sorrateira e preocupado com o desenrolar da festa.
espero mais um pouquinho...
pronto!
a dona que minha paciência testa!
vamos embora!
agora é pra valer!
bela adormecida?
amanhecida!?
braba!
meia hora de terror!
porteiros dissimulados!
pronto!
mais uma vez pagando conta dos outros...
tudo bem, tudo se explica.
mas...
é chato!
que sensação desagradável!
sempre assim!
pagando o prato dos outros!
não quero mais desse restaurante!
tá na hora de mudar o cardápio!
chega desses bocudos larápios!
não quero provar mais nada!
não tenho nada para provar.
não curto bobó de camarão.
não não!
quero letra nova na canção!
nem mais uma vez!
conheço-me.
conhece-me?
vamos cunhando nossa moedinha de prata
com nossos perfis.
moedinha de duas caras.

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