quarta-feira, 7 de agosto de 2013

copo vazio não para em pé.


tardes vazias.
sem sol, sem nuvens, sem folhas para cair
e sem vento para derrubá-las.
água? nem sequer uma gota!
tarde passa em silêncio...
no meio dos afazeres todos, silêncio...
telefone não presta.
no céu um vazio escandaloso.
na porta da casa não está o carro preto empoeirado.
se estivesse, nada poderia ser feito.
não há água!
o salário vantajoso,
as promessas de campanha para nubentes,
o diário nosso de cada dia.
e a tarde passa descongestionada.
passa, vaziamente, passando.
mente cheia de tudo,
menos de água.
copo vazio não para em pé,
mas, andar com fé eu vou
que a fé não costuma faiá!
já cantava o poeta baiano
em outros loucos anos.
o que temos para tarde??
chá
e
café.

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