quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

sentei em banco molhado e pisei numa caca de cachorro.

o duro é andar com a cabeça nas nuvens!

já bati a cara no poste e caí num bueiro aberto,
sentei em banco molhado e pisei numa caca de cachorro.
ai meu pai...não...não ando certo!desse jeito morro!
ando vago...torto...engasgado com uma coisa que só tenho quando ela se vai.

tomando meu café bebi o pão e mordi a xícara,
ao escovar meus dentes usei erroneamente um pente.
ah! e o creme dental troquei pelo de barbear,
parei ao sentir o gosto de bozano.
quando cheguei no trabalho fiz tudo mais errado:
ao invés do cartão, passei do ponto!

vesti a calça do avesso e a camisa com seu botões tortos
me deixaram com ar de bêbado;
no lugar do boné chapéu de palha e do apito
uma caneta de sete cores.
é festa junina com quentão e pito!

chegou meio dia! êeeeeeeee!!!
minha água agora vou ver!!!!

pego minha moto e saio em disparada,
avanço um, dois, três sinais vermelhos!
pensei que fossem verdes.
parei na porta da casa mais linda da rua dos buritis tristes.
é...tristes porque a alegria da rua não tá.
olhei para o portão branco, cocei a cabeça
e fui embora.
não tem jeito.
essa dor no peito tem nome e sobrenome:
minha água saudade
volta logo que já é tarde!

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