segunda-feira, 6 de julho de 2015

maioridade penal e minoridade mental.


maioridade penal e minoridade mental.
as escolas estão despencando,
os professores desmotivados,
os recursos são parcos.
e sabe o que os políticos do bem querem?
diminuir a maioridade penal!
ahhh!! vê se pode??
diminuiu, construiu mais presídios!
conta simples:
se uma pessoa encarcerada custa três vezes mais
para o estado que um estudante,
já viu onde isso vai dar??
de qualquer modo,
a maioria das cadeias
deste país estão sucateadas ou lotadas e
o problema não é tão diferente com as escolas.
dos dois lados está ruim,
mas, abrir os olhos e a mente
para perceber que investir em educação
é o caminho para o fim dos menores infratores
isso nenhum engravatado quer.
alterar a maioridade penal não é o caminho.
definitivamente,
o foco tem que ser a educação.
estão perdendo tempo com esse debate
enquanto nossas escolas estão sofrendo
com a falta de professores, equipamentos,
material, prédios, etc, etc, etc.
se temos um sistema educacional eficiente,
não precisaremos de um sistema prisional
tão complexo.
a educação abre portas!
e, nesse momento,
o que precisamos é de mentes abertas
para esta questão,
agora precisamos é de liberdade!

há uma evidente minoridade mental
em quem levanta a bandeira da diminuição
da maioridade penal.
é seguir os passos do presidente
da câmara dos deputados,
que agiu com malandragem
para possibilitar
um novo pleito,
é pensar em cadeia
ao invés de portas e possibilidades.
nossas cadeias formam bandidos (ou melhora os iniciantes).
o estado não demonstra interesse em reabilitar
as pessoas encarceradas.
esta é outra ação que exige tempo,
espaço, profissionais de muitas áreas,
investimentos diversos.
é...
e isso não dá voto...
quem vai gostar de político que cuida direitinho dos detentos?
político que cuida de bandido??
é bandido também!

a maioria dos reincidentes no crime e nas prisões do brasil
são adultos.
o índice de recuperação é maior com menores
que cumprem medidas socioeducativas
em regime de internato, apesar de tudo,
as febens da vida são melhores
que as cadeias lotadas de norte a sul do país.
jogar os adolescentes nos lugares que vemos hoje
é piorar as coisas,
é despertar um ódio mortal no processo de formação da adolescência.
em nosso país, apenas 1% dos crimes são cometidos por crianças e adolescentes.
é fato:
os jovens não merecem serem destruídos de vez.
é a voz purpurante do "bandido bom é bandido morto".
se gosta tanto, leva esse moleque pra sua casa!
não não não...
não é assim...
não passa pela minha fala a defesa da criminalidade,
não tenho interesse em levar pra minha casa
qualquer marginal que seja,
afinal, trabalhei muito pra comprar minhas coisinhas.
ah! e tive oportunidade de estudar!
o desejo que me motiva é a causa da educação.
só isso.
ou levamos para escola,
a boa escola pública,
ou levamos para cadeia.
pra minha casa não, obrigado.

a repetitiva fala de que menor apronta todas e não é punido
não é verdade.
os menores infratores, quando devidamente identificados
e julgados,
são sentenciados com a privação da liberdade,
ou seja,
já temos "cadeia" para os menores infratores,
mas são "cadeias melhores" que as cadeias
para os maiores.
existem cadeias boas?
só se for a cadeia do amor!
preso porque uma pessoa que tá a fim de namorar mandou prender!
alvará de soltura por 1 real!
isso é bom demais!
ou ainda as cadeias norueguesas!
são hotéis luxuosos,
estruturas fantásticas que reabilitam até
80% dos que passam por aquelas grades.

voltemos para o país do carnaval,
do futebol e da amazônia!
ah! e da discussão tardia de redução da maioridade penal.
tardia?
sim!
estamos na contramão de nações desenvolvidas,
que já foram e voltaram.
temos que aprender com os erros dos outros,
pra que errar duas vezes?
valem todos os esforços pela luta
em favor de mais escolas e salários dignos para nossos professores.
não precisamos de mais celas,
precisamos, sim, de mais salas!




Um comentário:

Unknown disse...

Entendo e respeito seu pensamento, mas me parece que a solução para esse problema não é tão simples assim.
Nos já distantes dias de minha infância eu via uma sociedade bem diferente da atual, onde as escolas eram mais eficientes e isso não há como negar, porém muita gente não tinha acesso a ela. Vários eram os motivos, mas o mais comum era mesmo uma cultura onde a sociedade não valorizava a educação escolar como se valoriza hoje. No entanto, não havia tanta delinquência infantil como nos tempos atuais. Alguém poderá dizer que a criminalidade era menor e concordo plenamente com isso. Mas enfim, por quais motivos as coisas eram assim?
Para mim era o fato de que a formação humana estava nas mãos dos pais e, apesar da simplicidade e pouca educação escolar, eles passavam aos seus filhos o melhor aprendizado que também receberam de seus pais, a honestidade, o respeito ao sagrado e ao próximo.
Citando minha própria história e percepção de vida, posso afirmar que fui criada num ambiente de poucos recursos materiais e muitos valores humanos. Em casa, meus irmãos e eu fomos assistidos constantemente com a presença e dedicação dos nossos pais. Embora com suas falhas humanas e pouca instrução, ensinavam-nos a serem respeitadores em todas as áreas, fazendo-nos pessoas preparadas para a vida no mundo, para a religiosidade e as relações humanas.
Resumindo, penso eu que hoje os pais se preocupam demais em trabalhar para dar aos filhos o que acreditam ser o melhor. Porém muitas vezes não se dão conta de que o melhor é dedicarem mais tempo aos filhos, preparando-os com menos valores materiais e mais valores humanos e espirituais. Depois disso, a escola enfim poderá fazer o seu papel que é formar para a cidadania e capacitação para o trabalho.
Concluindo, acredito que a família precisa ser a formadora e guardiã de seres humanizados e preparados para aprender o que a escola tem a ensinar. E a escola precisa respeitar seus limites educadores, aceitando seu papel de dar continuidade à educação familiar.
Para mim é onde estamos errando muito e precisamos urgentemente refletir sobre isso.