sábado, 15 de maio de 2021

quando, sem cueca, puxei o zíper e belisquei a pelinha do meu pinto

Acabamos de assistir a peça teatral e, apesar de tudo, eu ri muito, aliás, eu gargalhei muito. Estranho que, no enorme grupo, apenas eu estava deixando as verdadeiras emoções aflorarem. Rindo mas de medo? A peça era muito simples, oito personagens brigavam entre si por seis camas, mais precisamente, duas treliches. Cada um deles usando os mais inusitados estratagemas. Seria mais cômico se não fosse tão próximo da nossa realidade. Nos deram roupas normais, deixaram que nos banhássemos, nos deram perfumes e gel para os cabelos. Estávamos tensos mas bem arrumados. Fomos conduzidos por soldados à paisana para um grande salão com várias mesas, em cada uma delas uma grande variedade de comidas. Eu comi esbaforidamente e ainda repetia de boca cheia aos mais contidos: ___Coma! Coma! Coma! Não sabemos se isso vai se repetir! Com a boca e as mãos ainda cheias, me recordei dos tempos de criança. Eh...tempinho bom... Tomava guaraná e enchia mãos e bolsos de salgadinhos! Era pra não ficar sem e ainda levar pra casa. Os convidados foram embora, era gente de todo lado: Europeus ocidentais, americanos do norte, políticos, diplomatas e jornalistas. Era coisa para inglês ver. Pouco antes da saída dos convidados, tive muita vontade de ir ao banheiro. Saí à francesa despistando os guardas, entrei numa enorme casa de cômodos vazios. O piso estava molhado e escorregadio, alguém tinha acabado de passar pano no chão. Um cheiro molhado de eucalipto brisava no ar. Minha necessidade era por um banheiro, abri porta por porta e não via nada de privada, comecei a suar frio e já ponderava urinar num canto qualquer. Quando abri o zíper, vi uma senhora pela janela limpando um outro cômodo, ela me olhou torto, eu me assustei e levantei bruscamente o zíper, por muito pouco não se repetiu um episódio do passado, quando, sem cueca, puxei o zíper e belisquei a pelinha do meu pinto. Quase morri de dor e choro, eu ainda era um mancebo de sete ou oito anos. Sabe quando isso se repetiu? Nunca mais! Tem experiências na vida que a gente não precisa repetir, aliás, tem algumas que a gente nem precisaria ter! Uma beliscada no pinto é tão inocente e burra quanto fumar um cigarro pela primeira vez. Bom, com a dona da limpeza me encarando com ar ameaçador, saí apavorado e apertado, abrindo outras portas para encontrar um banheiro. Com sorte, atrás de uma dessas portas tinha uma espécie de pote de sorvete sem tampa, bem no centro do lugar. Ele era branco e estava limpinho. Baixei novamente o zíper e...ufa!!! relaxei suavemente e deixei aquele xixi todo sair, transparente e sem cheiro! Tinha tomado muita água durante o banho e durante a peça. Meu Deus! Sensação mais gostosa é fazer as suas necessidades fisiológicas no auge da vontade! Eu mijava e sorria, por alguns segundos me vi no alto de uma linda montanha, contemplando a infinita paisagem, bela e selvagem, ar puro e libertador! O barulho da cachoeira se unindo ao som típico de uma mijada. Coisa boooaaaaaa!! Acordei assustado conferindo com a mão se o colchão estava molhado. Acho que foi por pouco! hahahah Levantei e fui ao meu banheiro, que existe e é real, onde realizei o meu sonho. Quem disse que os sonhos não se realizam? mentiu! Voltei a dormir tranquilo, pronto para outra sessão. Sinceramente, espero não ter um sonho parecido com o do Zé da piada: sonhou que era uma galinha e que estava fazendo força para botar ovos, moral da história: acordou todo cagado!

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