domingo, 27 de abril de 2025
Cadeia não é pra mim, meu colarinho é branco e engomado!
O que estou fazendo aqui? Não acredito! Fui presidente desse país!
Fui feliz no meu Elba, na Ferrari e na Lamborghini.
Esse lugar não é pra mim...
Sou de família tradicional, tenho nome, dinheiro e história,
não sou qualquer um. Como assim?? Eu preso??
Tenho os melhores advogados e sou amigo da corte,
tenho nas mãos grandes nomes!
Não...isso deve ser um pesadelo...
Um Collor de Mello preso?
Fernando tudo bem, tal como o Beira Mar, mas um Collor com dois éles e Mello com mais dois?
Com esse tanto de L escrevo Liberdade! Liberdade ainda que tarde! Grades aos 74 do terceiro tempo?
o que é isso?? tenho comorbidades! O que estou fazendo aqui?
Alguém por favor me acorda! beliscão forte! Puxão no cabelo!
Tapa não! Custei a acertar na harmonização.
Não tem nada certo! Não sou pobre e nem preto!
Não pulei cerca e nem puxei fumo,
não sou de voto de cabresto!
Sou homem de respeito! Vejam: nunca matei ninguém!
Alguns familiares ja mataram, mas isso é coisa do passado.
O que importa é o presente!
Estou preso!
São PC Farias: o quê você faria?
Cadeia não é pra mim, meu colarinho é branco e engomado!
__Ei seu guarda! Venha aqui agora!! VENHAAAA! EU ESTOU MANDANDO!! MAN-DAN-DO!
TAPÃO NA PORTA!
__CALA A BOCA CAÇADOR DE MARAJÁ! VOCÊ ROUBOU A POUPANÇA DO MEU PAI, DA MINHA MÃE E DA MINHA AVÓ! TENHA DÓ!
domingo, 20 de abril de 2025
Opaaa! Bão?? Meu nome é Zé!
Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield, descendente de nobres ingleses. Assim se apresentava um juiz de Direito denunciado pelo Ministério Público de São Paulo sob acusação de usar durante todo o exercício da magistratura documentos falsos e cometer crime de falsidade ideológica. (fonte: band.com.br)
Tudo começou em 1980, quando José Eduardo Franco dos Reis, cidadão de Águas da Prata, interior de São Paulo, decidiu dar um up no nome e criar mais um personagem para este mundo. Mas não era qualquer personagem não! Era um descendente da nobreza real inglesa! Que charme!! Se inspirou na literatura inglesa e caprichou: Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield. Com esse nomão cheio de pompa e circunstância, conseguiu enganar o sistema e tirar uma nova identidade. Com os documentos falsos seguiu a vida e cursou Direito na USP. Na aula sobre falsidade ideológica e crimes congêneres ele preferiu faltar. O nome de lord inglês acabou pegando e ele viu que isso era bom, trazia status e ele não era um Zé Ninguém, por mais que nunca tenha deixado de ser o Zezinho pratense, menino levado do vilarejo interiorano. Na década de 90 vem a grande virada: passa no concurso para juíz do Estado de São Paulo!!! Jesus!! O nobre é fera mesmo! Como juíz encarnou de vez um deus inglês, com direito ao chá das cinco e sotaque carregado de britanices!
Julgou milhares de casos e, certamente, muitos sobre falsidade ideológica, mas, nessa hora, colocava a venda nos olhos e puxava a sorte no palito. Enganou tudo e todos por mais de 40 anos! E teria sido um crime perfeito caso não tivesse ido a uma unidade do Poupatempo...Eita Poupatempo!!! A necessidade de uma via atualizada do RG foi letal. Os tempos são outros... Quando pintou as digitais a casa caiu, ou melhor, o castelo caiu. Todos os arquivos lá de Águas da Prata foram digitalizados e o sistema acusou na hora que Edward Albert tinha alguém com as mesmas digitais andando por aí.
___Edward é o senhor mesmo?
___Yes, sir.
___Aqui consta José Eduardo...
___Como pode ser Oh My God? Nenhum ser humano na Terra repete as digitais!
___Calma meu nobre, pode ser falha no sistema...
___Certamente! Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield nunca falha!! See we later!!
Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield, descendente de nobres ingleses. Assim se apresentava um juiz de Direito denunciado pelo Ministério Público de São Paulo sob acusação de usar durante todo o exercício da magistratura documentos falsos e cometer crime de falsidade ideológica. Vê se pode?
O Brasil precisa, com urgência, de uma força tarefa em nomes, diplomas e afins!
___Opaaa! Bão?? Meu nome é Zé!
___Cê é fi di quem??
sábado, 22 de fevereiro de 2025
A morte do Otávio
A morte do Otávio
Morte doída e não esperada, vinda por mãos covardes que,
aparentemente, estavam incipientes na criminalidade.
Morte, mas morte com luta, com heroísmo!
Os bandidos queriam o carro: ei-lo! Levem!
Mas também queriam levar a namorada do Otávio,
puxaram-na pelos braços, forçando a entrada no veículo.
Queriam extorquir? Queriam estuprar? Afinal, o que queriam os jovens ladrões?
As perguntas não tiveram resposta. Otávio era Homem, não era qualquer um. Jamais permitiria
se assemelhar em covardia com aqueles que foram seus algozes.
Lutou bravamente! Deixem ela em paz! Deixem!!
Esfaqueado, ensanguentado, dolorido, rivigorado,
viu os jovens bandidos fugirem, mas deixaram sua amada.
Socorro a caminho. Que caminho?
Otávio chegou em estado grave ao hospital, mas chegou honrado.
Homem de verdade! Homem com H maiúsculo!
A polícia rastreou as possíveis imagens e descobriu o paradeiro dos vitimados pela sociedade.
Seriam mesmo vítimas da sociedade? Dois menores de idade! Um trabalhando como menor aprendiz e outro jogador de futebol?
Como assim? Não era para estarem desocupados? Jogados ao mundo e sem alternativas? Tinham endereço e família, pai, mãe e irmãos.
Dois jovens que tinham sonhos demais, mas não queriam esperar. Para adiantar seus sonhos, decidiram acabar com os sonhos dos outros.
COVARDES. Todo criminoso é covarde e preguiçoso. Não tem a coragem de encarar o trabalho, não se esforça em qualquer trabalho que seja,
preferem tomar daqueles que tiveram coragem de lutar com honestidade.
As vítimas dessa sociedade foram os jovens assaltados. Latrocínio.
Lamentavelmente, depois de dias lutando pela vida, Otávio morreu.
Notícia que chegou com muita tristeza e desolação para todos nós,
afinal, acompanhamos este caso com aflição e muita oração,
clamando pela vida do Otávio.
Ficará esse vazio na família, nos amigos, na namorada que foi salva das garras covardes dos bandidos,
mas, certamente, para sempre estará na memória de todos nós como um verdadeiro Homem,
ainda garoto, com uma linda estrada pela frente, que teve esse caminho bloqueado por mulecotes preguiçosos
e COVARDES. Salve salve Otávio Anovazzi!
quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
O discurso da bispa foi fantástico! Foi uma lavada de alma no momento mais oportuno! Momento de extremo silêncio da esquerda americana, momento de furacões no Golfo da América e no Canal dos EUA. Momento de rebuliços na Groelândia e de foguetório no Facebook, no X, na Amazon e até no Tik Tok USA Ltda! A reverendíssima bispa Mariann Budde representou o mundo inteiro com consciência política e humana:
"Deixe eu fazer um apelo final, senhor presidente. Milhões depositaram sua confiança em você. E como você disse à nação ontem, você sentiu a mão providencial de um Deus amoroso. Em nome do nosso Deus, peço que tenha misericórdia das pessoas em nosso país que estão assustadas agora", disse a bispa.
Trump estava na plateia com uma expressão séria no rosto enquanto ouvia o sermão.
"Há crianças gays, lésbicas e transgêneros em famílias democratas, republicanas e independentes, algumas que temem por suas vidas."
Budde também fez um apelo em defesa aos imigrantes — no mesmo dia em que Trump assinou medidas executivas contra a imigração no país.
"As pessoas que colhem nossas safras e limpam nossos prédios de escritórios; que trabalham em granjas avícolas e frigoríficos; que lavam a louça depois que comemos em restaurantes e trabalham nos turnos noturnos em hospitais, elas — elas podem não ser cidadãs ou ter a documentação adequada. Mas a grande maioria dos imigrantes não é criminosa. Elas pagam impostos e são boas vizinhas", disse Budde.
Ao final do sermão, ela fez um novo apelo em defesa dos imigrantes.
"Peço que tenha misericórdia, senhor presidente, daqueles em nossas comunidades cujos filhos temem que seus pais sejam levados embora. E que ajude aqueles que estão fugindo de zonas de guerra e perseguição em suas próprias terras a encontrar compaixão e boas-vindas aqui. Nosso Deus nos ensina que devemos ser misericordiosos com o estrangeiro, pois todos nós já fomos estrangeiros nesta terra." (fonte: bbc.com )
Meu Deus! Quão profundas foram as palavras! Uma realidade jogada de modo cirúrgico, na hora certa em que a polidez de comportamento é moral, é ético, é o adequado. Seria terrível e desproporcional um revide, seria espalhafatoso, escandaloso, tiro no pé.
A bispa, mulher de coragem e fé, tirou das gargantas forçadas ao silêncio tudo o que precisava ser dito, com calma, com delicadeza, com educação e a suavidade necessária de uma líder espiritual.
Obrigada bispa! Ele deixou bem claro que não precisa da gente! Sigamos em paz.
No meio da noite vejo aquela coisinha se arrastando sofridamente.
No meio da noite vejo aquela coisinha se arrastando sofridamente.
Um casulo ambulante, uma corrida de saco solitária e desprovida de beleza.
Aliás, tive a oportunidade de ver uma foto do rostinho de uma traça,
é bem fofinha, mistura de cara de pardal com galo vesgo, parece que tem penas!
Quem vê, nem imagina que, se essa coisa vencer os desafios da vida pós-casulo, será uma destruidora de memórias, histórias e leituras!
Até de dinheiro! Como já escrevi no passado: "Traça, bichinho da desgraça". Pois bem: elas cavam túneis numa enciclopédia, elas digerem conhecimento mas, apenas cagam. Poderiam evoluir e irem para o cerrado, vivendo como os cupins, em grandes instalações de terra e mato, mas preferem estar ao lado dos humanos e seus papéis. Na floresta tem celulose em abundância! Por que não? Campanha mundial para que as traças deixem de graça e sumam, levadas pela cadeia alimentar! Quem vai querer comer?
sábado, 30 de novembro de 2024
Até um cachorrinho rosnador chegou para roubar-me tempo!
As bodas de cerâmica chegaram!
E como são lindas!
Cada peça mais sofisticada que a outra. Algumas são chinesas, outras romanas ou francesas.
São lindas e tem seu valor, mas nenhuma delas passa perto da sua beleza,
da sua leveza ou brabeza. Minha Água é a melhor expressão da natureza!
Como me alegro e sinto a felicidade em nossas paredes marcadas de águas pluviais,
cada gota, cada enchente, cada inundação faz a história acontecer.
Elevo meus olhos para cima em sinal de contemplação e agradecimento,
cerco em volta e vejo nossas crias, um sorriso toma conta.
Até um cachorrinho rosnador chegou para roubar-me tempo!
Vivo grato e feliz em meio as mais lindas cerâmicas do universo galáctico!
quarta-feira, 12 de junho de 2024
__Uai, dizem que em Ribeirão tá bão de serviço...
O quarto estava semelhante a uma cela superlotada mas com a diferença de que ali havia um certo conforto. Janelas arejantes eram a principal diferença.
Quarto para 4 pessoas confortavelmente instaladas e lá estavam quase 30.
Era o começo dos anos 2000 e estávamos a todo vapor com a inauguração recente da Casa Santa Gemma.
Muitos ex-moradores de rua tentando a sorte na Santa Gemma, lugar de dignidade e fraternidade, porque não dizer igualdade e liberdade também?
Estava deitado em um canto e coberto da cabeça aos pés. Os acolhidos não sabiam que eu estava ali, afinal, meu quarto era na capela onde mantinha um tapede forrado aos pés do
altarzinho de Nossa Senhora da Conceição.
Então, aproveitando que estava meio camuflado, comecei a escutar as conversas aleatórias entre eles:
__Cê tava no trecho?
__Nada, tava trabalhando mesmo...
__Que trabalho era?
__Carvoeira.
__Eita lasquera! Trabalho dos inferno!!
__É, e nem recebi! Saí fugido e devendo...ainda bem que o Jack me achou...
__O rapaizim é gente boa né??
__Demais, só estendeu a mão...
Outro entra na prosa:
__Mano, tô na tremura pura!
__Cachaça?
__Pedra! Essa desgraça não me deixa!
__Uai, mas é você que tem que deixar! Tem que ter opinião!
__Até tenho mas você nunca deve ter fumado pedra...
__Pede pro Jack arrumar uma clínica pro cê!
__Cê tá doido?? Não quero ficar preso e rezando ajoelhado!!
__kkkkkkkkkkkk
__Ôoo maluco!
__fala.
__Cê tem o trem?
__Não, aqui não pode...
__Foda...
__Vai correr o trecho?
__Uai, dizem que em Ribeirão tá bão de serviço...
__Vai tá mesmo, tá cheio de feira e
__Rodeio também?
__Ahh vai ter!
__Bora amanhã?
__Bora!
terça-feira, 11 de junho de 2024
Tudo acabou em doce.
Estávamos numa espécie de centro histórico não sei de onde.
Também ninguém soube de onde vieram tantas abelhas para nos picar!
Foi um corre corre! Gente gritando, gente em desepero procurando qualquer lugar para se esconder.
Peguei uma placa de acrílico e saí correndo tentando me proteger.
Ajudei uma senhora que estava sendo consumida por abelhas e senti duas picadas certeiras no pescoço.
__Obrigado seu moço!!
Não foi um vampiro.
Suspiro! Uma porta aberta! Vamos! Gritei.
Entramos e era um grande restaurante, estava cheio mas os únicos que chegaram fugindo de um enxame foi eu e a senhorinha,
coitada, toda inchada.
Fomos caminhando ofegantemente até uma mesa livre, logo ali, na mesa ao lado, um homem degustava uma iguaria banhada com mel puro.
Assustei.
Do outro lado um casal em lua de mel!
Ah! E como entrada pão de mel!
Tudo acabou em doce.
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