quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

enxurrada

passa o rio
de águas mesmas
fico eu (mesmo?)
olhando,
água molhando
por enquanto,
os mesmos
olhos
de agora.

SOL lá fora
esconde tudo
embaixo de suas
mãos dominadoras
que não deixa escapar
nem uma parte de vida
que se toque
aflorar
das
terras.

percebe a água?

segue a mesma:
às vezes mais,
ás vezes menos,
poluídas,
doloridas,
coloridas,
destemidas,
límpidas.
e eu mesmo
sigo
quase sempre
à margem disso,
como que,
por capricho,
quisesse,
apenas,
parte tratada,
ser filtro
de
enxurrada.

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