terça-feira, 26 de abril de 2011

paz na mãe áfrica!




reflexos dos espelhos
em meio aos caldos
sôfregos e vermelhos,
as pernas enfraquecidas
de uma fuga insana
que nunca se acaba,
e quanto mais se foge,
mais se inflama.

gentes no desespero
de gritos roucos
e vozes cansadas,
de jeito morto,
de pele ressecada
e ossos protuberantes.

corre!foge!

até quando?
até uma nova aurora
pintar nesse céu
estranho,
pra onde olham
estes olhares
castanhos,
pra onde miram
os monstros
do mesmo
país.
chamem meus
pais!
quero só isso:
paz.

paz na mãe áfrica!

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