nem o corte profundo no pé direito;
nem o rasgão no joelho do mesmo lado.
nem o corte com faca na mão esquerda;
nem o tombo com a cara no chão.
nem o calombo na testa do escorregão;
nem as costas raladas pela queda num cupinzeiro.
nem a queda do tanque de lavar roupas;
nem o murro em briga feia.
nada.
nada dói mais que isso.
nada dói mais que te perder.
e agora?
agora a senhora não tá aqui para assoprar;
para colocar mastruz às pressas;
para me levar prum banho frio;
pra, com gelo, fazer compressas,
pra me acompanhar no pronto socorro.
e agora?
agora sou eu quem quase morro
com essa dor doída no peito;
com essa dor, que, definitivamente, não tem jeito.
mas...
agora a senhora tá na mão de Nossa Senhora.
agora a senhora é anjinha.
pode ir.
repouse sua cabecinha num lugar melhor.
um dia nos encontraremos
e ai será para sempre meu lugar.
te amo minha mãe natureza,
assim pra sempre,
assim desse jeito
que não tem jeito.
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