domingo, 22 de outubro de 2017

cada onda que chega traz mais peixes


essa água esbelta me inebria.
pego-me em plena admiração.
amo.
algo engraçado para o nosso dia,
talvez um almoço feito de ovo e pão.
como!
então vem o calor escaldante
e os mosquitos atrevidos.
nem veneno tá matando!
mata-nos o calor!
frente fria chega de mansinho,
sua mão em meu rosto,
carinho.
somos o casamento perfeito
da água e do barro do leito,
do perto, do certo, do rarefeito.
vamos! nessa água doce me deito
e, sem me cansar, aproveito!
cada onda que chega traz mais peixes
e fome aqui não passamos.
passamos roupas,
passamos pano,
passamos portas,
fome não!
__e aqueles pães de queijo?
__assamos!
e assim nos amamos.

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