sábado, 9 de junho de 2018

dizem até que sou um maldito comunista!


lá estava eu, novamente nos eua,
numa cidadezinha interiorana cheia de gente loira.
peraí? que vontade é essa de visitar os eua?
dizem até que sou um maldito comunista!
relevâncias a parte, tudo era para uma entrevista
e o show era de arte.
eu fazia parte de uma banca de jurados
que definiria as notas para apresentações de músicos de jazz raiz.
uma tv local estava cobrindo o evento
e numa das apresentações a repórter sentou-se ao meu lado
e começou a fazer perguntas.
perguntei pra ela antes se deveria responder em português
ou inglês, ao mesmo tempo relatei uma experiência
que tive com meu inglês pífio num outro evento na áustria.

agora: como é que pode?
essa experiência europeia foi noutro momento onírico
do qual eu havia me esquecido completamente!
e a história veio rebrotar noutro momento onírico!
isso que é uma realidade noutra,
a matrix.
vai ser felix!

bom, a jornalista disse que por ela tudo bem,
eu poderia ficar a vontade com o idioma.
nisso começa a apresentação de um dos grupos,
mas o jazz dos caras se assemelhava a um estilo country music.
foi só a banda começar a tocar e entraram dois moradores de rua,
dançando efusivamente e roubaram a cena.
os homelesses estavam muito felizes com a levada
e me lembraram os irmãos de rua da praça da bíblia.
comecei a rir e pensei:
irmão de rua é tudo igual, nos eua ou no brasil,
os caras arrasam até no mico embriagado.
a entrevista teve que esperar.
quando o show terminou eu já me encontrava no meu trabalho.

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