sexta-feira, 5 de outubro de 2018

fui visitar um quilombo e ao chegar fiz a maior festa


fui visitar um quilombo e ao chegar fiz a maior festa.
apertei mãos e distribuí abraços, peguei criancinhas no colo,
ri muito e entrei num barraco para tomar café como uma família
tradicional quilombola.
foi uma experiência única,
afinal, ouvimos muito falar sobre os quilombos
mas só nos livros de história!
fazer uma visita é outra coisa!
fiz muitas perguntas e percebi que os moradores se esforçam para
manterem sua cultura e costumes.
o líder do quilombo me disse que os jovens seguem para cidade
para trabalhar e estudar, e no quilombo ficam os mais velhos,
pais e avós, ou os mais novos que ainda não iniciaram no ensino médio né?
colhemos juntos algumas cenouras e mandiocas,
tudo de primeira qualidade!
hoje em dia não produzem apenas para subsistência,
mas vendem o excedente para manutenção da vida.
também são feras em artesanato! cada obra de arte...

alguns dias depois fui convidado para uma conferência em um clube judaico.
500 pessoas brancas e civilizadas se amontoaram para me ouvir.
fiquei empolgado e me senti o mito.
num dado momento contei para todos sobre a visita que havia feito ao quilombo.
frisei minha real impressão sobre uma comunidade quilombola:
um monte de gente preguiçosa que não fazem absolutamente nada!
nem para procriar servem mais!
fui além e brinquei com o peso dos negros dizendo que o mais leve lá deveria pesar umas 7 arrobas!
hahahhahhahah!
arroba hahahhahahhah a gente usa hahahahhah pra animais, entende?
hahahhahahahahaha!!
hahahahhahhahhahhah!!
__hahahhahahahahhahahahhahahahahahahahahhahah!!

ass.
seu mito.

ele vai rir de você.

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