quarta-feira, 17 de março de 2021

feio mesmo é permanecer no erro.

As notícias que recebemos no dia a dia dessa terrível pandemia é de que o vírus não é seletivo, não observa cor da pele, partido, time disso ou daquilo, não está atrelado a uma ideologia em específico, nem faz distinção entre ricos ou pobres, jovens ou velhos, etc e tal, o vírus é pluri, é agro, é pop. Por mais que ele tenha se associado aos ricos e às viagens de turismo, coisa que não é costume do pobre, ele chegou avassalador na favela e hoje mata mais os pretos e pobres, pela falta de tudo que nós já estamos cansados de saber. Quando escuto que o deputado tal, autor da lei contra vacina em tal estado morreu de covid, ou que o senador tal, negacionista, morreu também, ou que o outro político, iminente no senado, está entubado, etc, não passa pela minha cabeça, em nenhum momento, condená-los pela postura adotada diante da pandemia. Diga-se de passagem, estes nobres senhores são aliados do presidente Bolsonaro, seguem a linha de raciocínio do líder que eles muito consideram, logo, não é justo culpá-los pelos seus próprios infortúnios. A culpa, escancarada, é de quem motivou o posicionamento diante da doença, é de quem fez disso um posicionamento oficial dentro do governo. Se não veste a camisa, que saia! Também não acho humano, nem adequado, condenar as outras pessoas que se contaminaram por não usar máscara, por se aglomerar, por festar, por desmerecer a vacinação, por divulgar fakes news, por falar mal deste ou daquele grupo etc. Estas pessoas também, em sua maciça maioria, seguiram cegamente os passos daquele que elas mesmas chamam de mito, daquele que é admirado, o líder autêntico que não tem travas na língua, que fala verdades (as dele), que defende a pátria (os EUA), a família (resta saber qual dentre as que ele teve), que assume os riscos (mesmo que, na prática, a culpa vai sendo repassada para os seus ministros), bem, estas pessoas não podem ser responsabilizadas por terem morrido de covid, ou mesmo, na melhor das hipótes, por terem ficado sequeladas pelo fato de desacreditarem no poder de uma coisinha que eles não viam, afinal, quase sempre, só acreditavam naquilo que viam, mesmo que a ciência provasse a existência do invisível. Estas pessoas foram levadas pela onda que seu líder admirável levantou, de negar a ciência, de negar a gravidade de uma gripezinha, a responsabilidade é dele: do mito. Quando vejo publicações que mostram pessoas que se vestiam de verde e amarelo, que tomavam cloroquina e cia, que eram contra o distanciamento social, contra qualquer medida sanitária, qualquer recomendação da OMS, que acreditavam piamente no vírus comunista, que exigiam o fim do STF, que imploravam por uma intervenção militar e que, por todas essas convicções, não se protegiam adequadamente e nem se motivavam com a vacina,e, quando estas publicações são algo do tipo: "viram? Não acreditava e nem se cuidava, morreu de covid", acho isso de uma maldade terrível com a alma dessa pessoa, com a honra, com a família que ficou. Eles também não podem ser culpados pelo fim que, infelizmente, alcançaram. Todos seguiram as orientações do presidente da República Federativa do Brasil, dele, o Exmo. Sr. Jair Messias Bolsonaro! Este sim, deve ser responsabilizado! Este deve pagar caro pelo crime em andamento nesse país: GE NO CÍ DI O! Se o mais alto representante político do Brasil tivesse se posicionado de maneira adequada desde o começo, deixando de fora o jogo político, o orgulho, o Trump, a falta de sensibilidade, a falta de diplomacia, sobretudo, com os chineses, morreria gente no país, mas não seria este número exagerado e crescente. Um sistema colapsado por falta de uma gestão nacional adequada, ao ponto de o STF ter que deixar os estados e municípios se virarem, afinal, do jeito que estava indo, ia ser assim mesmo. Uma nova postura a essa altura? Defesa da máscara, do distanciamento social, da ciência...? Dá pra ver que também é uma jogada política, mas, antes tarde do que nunca. A cada nova vítima fatal, os votos dessa família enlutada, certamente, jamais serão para esse presidente, pois, em meio a dor, terão certeza que a culpa veio de cima, da ponta do executivo, do verdadeiro ministro da saúde. Se você ainda acredita nesse PRESIDENTE GENOCIDA, vacine-se! Enquanto não chegar a sua vez na fila da vacina contra a COVID-19, tome um chá de reflexão, de acordamento, de realidade, de vida! Durma um sono do arrependimento, da sensatez e tenha coragem de assumir que, infelizmente: VOCÊ ERROU. e errou feio. Mas não é feio errar, feio mesmo é permanecer no erro.

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