terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Pelas ondas de Salvador

ondas batem em meu rosto
ondas de ventos quentes
do cerradão do
triângulo das bermudas.

ondas quentes de ar e espera,
de cheiro de chuva que molhou
as hortaliças no quintal do vizinho
e que lavou as cacas dos cães.

vem ventania que corta os troncos retorcidos,
as esculturas naturais - e vivas!
mesmo que a ave pau pareça o cume das galhas,
mesmo que as araras gargalhem,
mesmo que faça frio de madrugada e
arrebentem mamonas mais tarde,
às 16h00.

mesmo que eu seja louco
pelas ondas de Salvador.

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