
moro na distância simplória de um lugar chamado caminho.
passo a passo, piso neste caminho milagroso de destino sem fim.
é.
não tem fim.
é um caminho de destino infinito.
assim, tudo fica mais bonito:
a história, a retórica, a dialética,a réplica, a tréplica e a chegada.
a chegada é o mais complicado
pois não tem presente
e nem passado.
futuro?
incerto.
o grito grita na parede.
foi roubado, porém,
logo achou resposta.
e a distância aumenta a cada passo.
mesmo sem saber o que faço,
sigo.
andar eu ando bem.
os calçados nos pés são de franca.
e minha irmã mora lá, e reza muito por mim.
vou-me neste caminho distância,
descansando e me descabelando.
poeira e ventania me topam,
sol queimante e águas frias também.
dos animais peçonhentos não tenho medo.
nem dos meus iguais (ou parecidos).
passo a passo me esforço.
e de tanto me esforçar,
estou ficando forte.
azar ou sorte,
vou indo a pé.
Nenhum comentário:
Postar um comentário