segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

como pode?


você.
com seu sorriso de cachoeira,
com seus passos de ladeira,
com esses cabelos de noite estrelada
conseguiu fazer-me assim:
atado.
enlaçado.
enlatado americano do sul.

sua face de deusa grega envolta de brilhos
com a postura da plebeia colhendo flores...
isso me fascina...
como pode?
tão bela e majestosa
e ao mesmo tempo
tão simples e natural?
isso é real?
surreal?
você.
que come os pés do frango como se fossem iguarias francesas!
e que consegue manter a sutileza diante de uma falta de etiqueta.

é você que me mantem acordado
e me faz repousar os olhos cansados do dia.
é você que me faz lembrar que, sim!
na vida tudo se faz poesia!
você: água dulcíssima que me inebria!
e mata a sede desse sol a pino,
que queima e arde em minha nuca
e braços, porém, jamais queimará
mais que teu abraço,
que teus apertos em minha cara,
que teus pulos de boa tarde.
você.
apenas,
você.
água da minha vida.

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