quinta-feira, 27 de novembro de 2014

vou ligar pra polícia e dizer que te amo.


oba! muita água caiu do céu!
tá, me molhei e gripei,
mas é gripe de amor.
seguindo para o meu trabalho caí num buraco.
o buraco surgiu após o temporal,
mas era um temporal de amor.
a roda deu uma empenada...
mas não é nada.
vou ligar no SIM,
o serviço de informações municipais,
3239-2800, relatar a situação
e esperar.
vou ligar pra polícia e dizer que te amo.
para os bombeiros pedirei um pouco de fogo.
vem mais água e agora a água supitou pelo buraco da minha capa de chuva
para chuva.
bom, na verdade funcionou como um guarda chuva.
a escassez de água por um longo período
não é compensado por muitos milímetros de uma veizada só.
ligo agora pra ela, a minha água:
__saudades...to com sede!

dependemos de vergonha na cara e de um pouco de gente honesta.


é tanta impureza junto que o petróleo ta cada vez mais caro.
a petrobras é uma empresa surpreendente,
e sempre tem mais uma novidade pra gente.
o contratos esquisitos, as compras superfaturadas,
um monte de coisa sem licitação com a prerrogativa
de que são coisas emergenciais etc etc etc.
mandar dinheiro pra suíça é emergencial?
o TCU estava alertando as irregularidades porém,
não era hora de se mexer nisso.
a máquina vem sujando o mineral desde os idos do FHC,
lambuzou os nove dedos do lula e a cara inteira da dilma.
é hora de lavar!
lava jato é pouco pra tanta grana:
contas secretas, mansões, carrões, iates, thermas, clubes...
uma infinitude de investimentos, muitos são lavagem mesmo,
lavagem de dinheiro.
alguma lavagem sobra para os suínos.
quem paga pelo serviço??
é nóis!
o povo brasileiro!
não podemos confiar nos políticos e executivos por trás disso tudo!
o conluio é necessário, afinal, os dois candidatos a presidente que foram para o segundo turno
receberam uma grana extra das empreiteiras.
o petróleo ta queimando nossa grana e enriquecendo um monte de urubu.
ahá, uhu! o petróleo é nosso!
ahá, uhu! o petróleo é nosso!
não...ainda não somos auto-suficientes...
dependemos de vergonha na cara e de um pouco de gente honesta.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

sorrindo o branco das minhas paredes


te amo assim:
esse horizonte todo sem fim!

te amo mais um pouco:
esse céu inteiro com todo universo louco!

te amo só assim: de verdade.
mais verde, mais amor e tudo com saudade.
essa saudade que se sente de segundos distantes.

te amo água minha vida inteira!
do fundo da alma que passeia
nessa terra que, parte nossa,
construímos nossos passos.

quero chegar mais longe
e sei que tudo está perto.
nosso tempo está aí, passando rente!
o sorriso nosso de cada dia
se mistura ao pão.
a família quer brotar neste mundo
e fazer dele um lugar melhor.

te amo assim:
sem fim!
começo e meio sim!
colorindo a minha vida
com suas idas e vindas!
sorrindo o branco das minhas paredes,
tocando-me como se colhesse amoras!
às vezes, como se fossem abóboras...

agradecimentos:
a Deus,
aos seus pais,
a santo agostinho,
ao gavião mor
e aos viadutos desta cidade.

a verdade nem sempre está por trás do que vemos.


a verdade nem sempre está por trás do que vemos.
acreditar em papai noel, fadas, duendes, horóscopo e outras coisas do tipo
podem nos deixar fora de prumo.
a verdade é algo muitas vezes distante.

quando vemos uma coisa e acreditamos que aquela coisa é aquilo mesmo, erramos.
tudo está impregnado de intenções.
as mensagens subliminares transbordam na publicidade e propaganda.
por favor, me avise quando você assistir um comercial de cerveja
que mostra a verdade verdadeira:
gente bêbada com aquela barriga de chopp e muita esculhambação.
é a mesma síndrome que acometeu os antigos comerciais de cigarro,
associando a prática de esportes ao hábito de fumar.

o papai noel habita na imaginação das crianças e isso é culpa da coca-cola.
ah mas é lúdico! ah mas é bom! ah mas é isso!e bi bi bi bo bo bo...
que bobeira...as crianças podem muito bem exercitar a imaginação com joãozinho e o pé de feijão!
com pinóquio, saci e até mula sem cabeça!
mas papai noel? esqueça!

o papai noel é o cara mais capitalista que conheço! nisso eu acredito!
as fadas e os duendes tem menos força que um papai noel da vida,
mas é melhor manter distância desse mundo.
horóscopo? arriégua! um copia e cola frenético e tem gente que se norteia por isso!

com as mãos estendidas tenta-se alcançar a verdade...
ela é uma preciosidade nos dias de hoje e todo esforço vale a pena.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

(ou seria o meteoro da paixão?).


minha estrelinha brilha sempre mais intensamente
e, a cada novo dia, se torna mais bonita.
é algo surpreendente...
como pode tanta beleza se multiplicar numa única estrela?
tem luz própria e sua própria órbita,
mas é obediente ao sol e a mãe terra.
toma decisões de supetão,
ora acerta, ora não,
mas é vivendo que se aprende.
decidiu casar-se com um cometa
(ou seria o meteoro da paixão?).
a data já está marcada e os preparativos para uma festa
super galática já começaram.
sábia decisão esta da estrelinha linda!
uma estrelinha linda edifica o seu lar,
brilhando mais que qualquer outro corpo celestial,
desfilando no espaço sideral e, para o recalque,
tiau!

domingo, 16 de novembro de 2014

sábado, 15 de novembro de 2014

uma explosão o dividiu em 72 pedaços.


o homem bomba decidiu que havia chegado a hora.
sonhava a muito tempo com o dia de passar dessa para melhor
levando junto uma tonelada de infiéis.
se preparou com um extremista que nunca havia se matado.
ouviu histórias lindas do harém que esperava os mártires da causa.
na verdade, não soube de ninguém que, por acaso, havia voltado do além
para falar desse harém,
mas o que se afirmava era que, quem ia, jamais voltava!
afinal, não é todo dia que se encontram reunidas 72 virgens para apenas um cabra.

nas aulas teóricas conheceu mais sobre a sua fé.
empolgava-se com a ideia do martírio mas ia a loucura quando ouvia falar do harém.
era jovem e muito tímido, de uma introspecção de dar dó.
pedir informação na rua pra algum estranho?
nem pensar! passava dias sem chegar em roma mas não falava!
fome, frio, chão...quantas vezes não se viu escravo de sua própria condição?
mas a força da juventude deixava seus hormônios à flor da pele.

do mestre ouvia lindas histórias de amor além morte,
mas também descobriu que era certo o ódio.
foi levado para um descampado onde treinam terroristas.
terrorista? não! não sou terrorista! sou um homem concentrado na luta contra as heresias
e dominações ocidentais que aculturam nosso povo!
o discurso sempre tão severo e a rigidez do treinamento se aliviavam
quando, no pensamento mais profundo, se repetia a imagem das 72 mulheres
envoltas em véus de cores claras, na sombra da tenda e no abanar do eunuco,
o único homem que se imaginava dividindo a morada celestial.

depois de muito ferro e aço, é chegado o grande dia!
muniu-se de um cinturão de mais de 30k,
escondeu, bem disfarçado, com panos sobrepostos,
cada um mais dobrado.
atravessou a fronteira na cacunda de um jegue.
chegou ao destino: uma escola.
esperava a hora da saída para se juntar aos alunos.
enquanto aguardava, sentiu uma coceira tremenda:
a cordinha detonadora roçava-lhe a barriga.
__ai ai ai ai ai...que coceira assustadora...
o sol escaldante só aumentava o comichão.
levou as mãos várias vezes sob os panos encardidos,
coçou, coçou, coçou e nada das crianças saírem.
numa dessas angustiantes coçadas,
puxou, sem querer, a cordinha da detonação.

POWWW


a coceira parou na hora, mas...
uma explosão o dividiu em 72 pedaços.

você me faz sorrir a toa


você me faz sorrir a toa,
ao seu lado o tempo voa.

passeando pelo rio de canoa,
olhei pro seu rosto e vi que era boa.

no balde com roupa suja ensaboa,
quero mesmo que toda sujeira se avoa.

do rio navegamos pra lagoa,
lá dizem que tá mais pra q-boa.

saímos cansados de assistir o rocky balboa,
também, aquele olho de peixe morto de samoa!

quero encerrar minha prosa que rima sempre oa
te falando do café que você coa:
é cura até pra quem te magoa!

sábado, 8 de novembro de 2014

chikungunya


chikungunya.
o nome é feio mas é dengue.
certeza.
chikungunya...
tem quem gosta do nome.
quem?
quem ainda não ficou chikungunhoso.
a dengue é muito mais simples e fácil de entender,
agora, os responsáveis pela saúde do país
inventaram a chikungunya.
que a chikungunya é isso, que a chikungunya é aquilo...
ninguém aguenta mais a chikungunya!
nem eu!
ta me dando gana!
quebrei meu celular e os pratos da minha casa,
joguei copos pela janela,
dei uma facada no queijo.
não aguento mais a chikungunya!!!
some daqui mosquito maldito!
dengue ou chikungunya,
não deixe água parada:
jogue ela pra cima!!

minha cara ficou marcada.


fui atacado.
uma fera me veio com as unhas em punho!
cravou os cinco dedos na minha cara
e apertou.
minha cara ficou marcada.
meus olhos quase furados se fecham desesperados.
isso é amor.
isso é esganiçar a pessoa amada.
isso é deixar marcas de amor.
carinhos violentos me fazem bem,
mas depois do almoço não.
melhor não.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

chorume, xixi, cocô, leite de cabra e de vaca.


a noite era de lua mas lua que é bom nada.
perdeu-se em meio a tantas nuvens.
andou rodopiante e viu-se embriagado.
sim.
estava embriagado com nuvens de algodão que lhes roçavam a garganta.
fere, mas não era para ser assim.
não se espera coisas do tipo vindo de nuvens.

calambiando, olha em torno buscando se orientar pela lua,
mas, como já sabido, ela estava por aí,
atrás das paredes densas de tanta água.
em baixo água ardente,
em cima,
água
diferente.

um buraco, um bueiro, um rato, um teto.
quase um teto, uma marquise goteirando.
é aqui!
o astro cai sentado próximo da porta de metal.
do chão, firma o semblante no céu.
não se conforma:
precisa se orientar pelos corpos celestiais!
satélites, luas, estrelas, constelações, buracos negros,
qualquer coisa que possa aliviar os pés trêmulos de um bêbado.
nem mapa astral, nem teto, nem chão.
rola para sarjeta num gesto ensandecido.
ali correm águas maltratadas,
chorume, xixi, cocô, leite de cabra e de vaca.

o mundo gira em torno dos olhos entreabertos.
agora, ele é o centro do mundo.
ressoam vozes.
náuseas...
ânsia...
de vômito!!!
uma mistura de bebidas de alto teor alcoólico e pururuca.
doem lhes pernas, estômago e nuca.
do outro lado?
sinuca!
os amigos continuam bebendo,
admirando a cena insalubre.
o mundo gira mais rápido.
poxa...tava tão alegre...

as luzes se apagam.
sono ou desmaio?
coma?
comeu nada!
vara a madrugada, cai chuva, encharca, quase é levado pelas águas.
amigos nessas horas não são amigos.

o sol chega ofuscado.
o tempo não mudou.
o homem sim.
despertou com um vira-latas lambendo-lhe a boca baforenta.
cachorro louco!
único amigo fiel até então.
levou a mão ao bolso, caçou, caçou, coçou...
havia perdido a carteira ou algum fim de noite, levou.
coçou...coçou...
as pessoas começaram a passar ao lado com indiferença.

fez força.
levantou-se.
caiu.
fez força.
levantou-se.
caiu.
fez força.
caiu.
levantou-se.
fez força.
cagou-se.
fedeu.
agora sentiu vergonha.
o cãozinho não gostou do odor e continuou seu trajeto.

ressaca...
arrastou-se até um poste,
como num jogo sensual,
abraçou forte.
firmou-se.

de pé!
tô de pé!
bradou silenciosamente.
seguiu errando as passadas.
seria passado mas não,
é um vício.
__acorda zé! acorda!!


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

tum!!!!tui tui tui!!!


infinitamente constante e sempre,
segue o palpitar de um coração
efervescente.

rabisca na vida, rascunha coisas,
treme e volta,
acerta!

encontra uma história bonita,
se apaixona, trepida:
é agora!

uma incansável emoção
se forma quando os corações se juntam.
um bate tum, outro também.
tum tum!
tum tum!
tum tum!
um bate, o outro repete.
cada vez mais forte,
infinitamente constante e sempre,
segue os tuns tuns de dois corações
ardentes como fogueiras gigantes de são joão.

celebram-se dias,
meses e anos.
cada letrinha, cada vírgula,
cada ponto, menos o final,
todos lembrados numa narrativa linda!
a mais linda história de uma vida!
quando dois corações se tornam um!
tum!!!!tui tui tui!!!

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

nestes quatro anos e sete meses inesquecíveis!!!


o tempo passa chutado mais que bola na terceira divisão.
somado a essa realidade, no dia dois do onze celebramos os finados.
junta o tempo chutado mais os finados o que temos??
comemorações de outras datas importantes esquecidas!
e foi assim que justifiquei meu esquecimento
nestes quatro anos e sete meses inesquecíveis!!!