sábado, 3 de abril de 2010

Chora guri...


Chora guri...
Chore a morte de seu paizão,
aquele que te mostrou a canção,
morto pela imbecibilidade humana,
visto pela impunidade impune.

Chora anjo negro...
chore com seu violino à tiracolo,
com suas lágrimas sinceras,
de gratidão tomadas,
de dor invadidas.

Chore anjinho...
chore pelo Evandro João,
pelos ladrão,
pelos fardados,
pelos mal amados.

Agora? Agora descanse também...
que este mundo é ruim demais pra você.
Vá! Vá enfeitar os céus com sua música!
Encantar os outros anjos,
vá encantar seu Criador!
Que este mundo é ruim demais pra você...
E você? Você foi bom demais pra sofrer as dores das maldades humanas...

Chora guri...
Quero chorar contigo a sua dor,
quero ser invadido por este desejo de mudar este mundo,
o mesmo que invadiu o João,
que entorpece de tanto amor o Afroreggae.

Vai guri!
Segue!
E faz uma melodia gostosa pra nós aqui da Terra!
Vá! Encante-nos sempre!
Com seus sorrisos,
com suas lágrimas,
com a esperança de um país melhor,
de um futuro mais bonito,
de um canto que se prolongue
e se encha com as batidas dos coraçõezinhos...

Adeus guri!
Faça-nos, agora, sorrir!
Diego,
de curta vida,
sem segredos,
com seu olhar negro
comove-nos,
com sua despedida
dessa vida,
ensina-nos.

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