sábado, 24 de abril de 2010

a escravidão cultivou a brancura do algodão



há muitos anos atrás, no antigo Egito,
os derrotados e raptados de guerras
transformavam-se, sempre,
querendo ou não, em escravos.

homens e despojos, isso é o que eram.
e todos iam carregar grandes pedras
para fazerem grandes túmulos,
as belíssimas pirâmides do Egito.

na Grécia antiga,
a situação se repetia!
mas a classificação dos escravos era bem diferente,
e muitos até gostavam da servidão forçada,
era a força da democracia...

(será que existiu um dia??)

Roma.
com seu império,
servia-se de nações de escravos,
levados para construirem palácios e arenas,
grandes, pequenas,
e, ainda, era deleite de imperadores nas festas de gládio...

nas Américas, oh Américas...
a escravidão cultivou a brancura do algodão
nas mãos forçadas dos negros da Carolina do Sul,
cultivou tabaco nas redondezas de Havana
e extraiu muito ouro em Vila Rica, o ouro preto,
sem se esquecer do mascavo açúcar nordestino.

sina e destino,
hoje, a história se repete:
comigo.

preso na ternura de teus olhos,
na brancura de teu sorriso,
na suavidade de seus verbos,
na leveza de suas mãozinhas.

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