com um 38 e uma ponto 40 na cintura.

fomos para os estados unidos,
eu e meu irmão.
fomos para uma cidade do interior,
mais pro meio do país.
todos sabem que nos eua
tem mais arma de fogo do que gente,
uma lei antiga garante o porte de arma
e as estatísticas apontam, na mira,
que há duas armas para cada estadunidense.
isso significa que você já nasce
com um 38 e uma ponto 40 na cintura.
bom, saímos para conhecer as redondezas a noitinha
e, quando passamos por uma praça,
dois caras ficaram nos encarando.
não demos atenção mas ficamos com medo.
continuamos andando e percebi quando os caras
conversaram algo entre eles e vieram
ao nosso encontro.
cochichei para o meu irmão
que, qualquer coisa, atacaríamos primeiro.

dito e feito!

quando os caras se aproximaram
peguei uma cadeira de metal e acertei no meio da cara de um deles.
os dois começaram a recuar até uma pequena casa
e eu sentando a cadeira neles.
quando estavam acuados na casinha,
um deles entrou e saiu com uma arma de fogo.
chegou atirando.
por milagre, nenhuma das balas me acertou,
e nos atracamos em luta corporal.
nesse momento a arma caiu,
não pensei duas vezes:
peguei a arma e mirei na cabeça do cara
que havia tentado me matar.
quando puxei o gatilho...pof!
a arma falhou!

saímos correndo com a arma em punho.
para nosso azar, assim que dobramos a esquina,
avistamos dois policiais com um cachorro na coleira.
__desfaz da arma...
__pronto! (limpando a arma na camisa e jogando num arbusto com a rapidez de quem é experiente).
__vamos fingir que tá tudo bem!
e começamos a rir como se acabássemos de ouvir uma piada.
neste momento, a única coisa que passava pela minha cabeça era a rigidez das leis nos eua...

parecia que estávamos salvos mas...

o cachorro começou a latir em nossa direção,
forçando os policiais mudarem a rota.
o cão latia e fungava, elevando para o nível hard o grau de desconfiança.
e foi aí, na iminência de uma abordagem policial,
que as horas bateram na casa das 5h20
e levantei, num medo só,
pronto para ir pro trabalho.