terça-feira, 8 de março de 2016

para minha mulher comemoro todos os dias.


minha mulher chegou na minha vida
e ali amarrou-se feito o burrinho debaixo da sombra.
minha mulher era um sonho que se aproximava de mim,
sempre, mas tomava asas e sumia no céu escuro.
as vezes me pegava gritando, chorando, gargalhando,
tentando pegar algo imaginário.

minha mulher chegou de uma vez e ficou, sem medo.
é...algumas pessoas sentem medo de uma relação.
temem o sofrimento,
as amarras,
as bocas e caras.

minha mulher chegou mansa feito sol de fim de tarde,
queimando longe e brilhando olhos assim mesmo.
aprendi o amor assim, tão simplesmente,
caminhando de mãozinhas dadas
ou confidenciando coisas escondidas
que, finalmente, acharam confiança para serem ditas.

para minha mulher comemoro todos os dias.
a felicidade existe sim meu caro...
conseguir alcançar este presente,
por vezes, pressupõe pedras e montanhas,
quedas, superação, luta, paciência...
tem coisas que são inexplicáveis,
nem fé, nem razão, nem ciência,
nada explica o que só se pode conhecer vivendo,
sentindo na pele,
no perfume,
nos lábios e nas batidas arrítmicas
de uma paixonite aguda.

e a vida é igual coração:
cada um tem o seu.
o meu tá qui, batendo feito a bateria da mangueira,
sem parar, ganhando fôlego,
rápido feito o bolt,
lento como a lesma esquisita que insiste em entrar
pelas frestas da minha casa.

um dia para minha mulher é pouco.
ela é amada e respeitada em todos os dias,
festivos ou não,
chuvosos, nublados, quentes...
sempre será!

para as mulheres todas,
desejo que alcancem o mesmo amor que sinto pela minha,
que recebam o beijo de um bom dia, de uma boa tarde, de uma boa noite,
o abraço a cada olhar,
o carinho, a atenção, os mimos,
essas coisas de menino.

amo minha água hoje,
8 de março,
amanhã, 9 de março, 10 de março...
sempre!
aquele beijo, aquele amasso!




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