domingo, 6 de março de 2016

e nossas paredes jamais serão as mesmas.


toda a sua maternidade se revela nos pequenos detalhes.
na comida,
nas dores estranhas,
no sono,
na baba na fronha.

às vezes, pouquíssimas vezes, náuseas.
muitas vezes, mistérios
que me fazem temer
pular de alegria
ou gritar no megafone.

há algum mal em ser feliz? há ou não homem?
não...nunca haverá maldade na felicidade!
as duas não se misturam
e é por isso que há entre elas inimizade
e não ódio.

em breve toda cidade vai ouvir esse choro
e poder cantar cantigas de ninar.
essa será a melhor parte!
as madrugadas serão curtas demais para nós dois.
é nesse horário nobre que nossa cabeça toma um ar,
e ai de mim se também chorar!
a felicidade nos achega assim mesmo
e nossas paredes jamais serão as mesmas.

que nosso amor permaneça:
voraz, ardente e sedutor!
sereno, suave e acolhedor.
assim caminharemos com jeito
os novos passos de uma nova fase
da lua, da vida e da história
de um casal formado aos pés de uma cachoeira ideal
de um altar oferecido
ao santo agostinho,
nas mãos cheias de sopa.

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